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08 de março é dia de muita luta em defesa dos direitos das mulheres

Escrito po: Maria Aparecida Faria

08/03/2016

O machismo ainda mancha grotescamente a história da humanidade com sua torpeza e vilania

 

“Todo poder às mulheres”. É um tema de grande força com que a CUT – Central Única dos Trabalhadores escolheu para dialogar com a sociedade sobre o 08 de março, “Dia Internacional da Mulher”. É, sem dúvida nenhuma, uma forma de instigar um debate extremamente necessário sobre a sociedade que temos e a que queremos. Vivemos um momento de grande turbulência política e social e é dentro deste contexto que a mulher desenvolve seu papel de agente histórica de transformação.

 

É necessário quebrar paradigmas machistas. O avanço da ciência e das novas tecnologias empreendem um ritmo acelerado nas transformações sociais e também de padrões de coexistência. É sabido que muitos conceitos mudaram e que são conquistas de toda a humanidade. A mulher tem um papel fundamental nesta estrutura social que se modifica em uma velocidade cada vez maior. Seja no âmbito da família, do trabalho, da religião, da política, do meio acadêmico, entre tantos outros, a mulher tem deixado sua marca transformadora. Este último século foi definido por grandes conquistas na luta feminina.

 

No Brasil não é diferente. As mulheres estão, sim, inseridas em todos os espaços sociais, não sem luta, mas, sobretudo, com muito sacrifício e superação. Após as eleições de 2014 foi possível ver que o Congresso Nacional se tornou mais conservador e reacionário. Além do fato de que a presença feminina ainda é infinitamente menor. Hoje elas representam apenas 9% das cadeiras na Câmara e 13% no Senado. Isto faz com que muitas pautas das mulheres não consigam avançar e, pior ainda, vemos a investida de parlamentares contra temas que já fazem parte das conquistas femininas.

 

A CUT deu um passo importante ao implantar nas suas esferas de Direção a política de paridade. A partir do Congresso Nacional da Central, realizado no ano passado, a sua Direção passou a ser composta por 50% de homens e 50% de mulheres. E isto se replica nas CUTs Estaduais e em cada entidade filiada à Central. Um passo de grande significado que só foi possível a partir do debate e da luta das mulheres em seus vários espaços. Mas é preciso, para se ter a compreensão adequada desta medida, que se olhe para além do aspecto quantitativo.

 

As mulheres sindicalistas contribuem enormemente com a formatação e o fortalecimento das nossas lutas cotidianas. Estamos em grande número em nossas Direções e mais ainda nas bases, ou seja, no espaço onde o embate contra o Capital se materializa e questiona a força de nossas propostas. São nestas instâncias de disputas que as mulheres atuam com a forte determinação de não abrir mão da vitória e nem de direitos acumulados. Dialeticamente vão se construindo estruturas de superação que apontam saltos qualitativos nas ações e conquistas das mulheres.

 

No entanto, há uma onda conservadora contra os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. É nesta condição que a CUT Nacional traz uma agenda de lutas para ser lembrada neste período em que comemoramos o 08 de março.  A pauta de reivindicações aborda os seguintes pontos: contra a Reforma da Previdência; ratificação das Convenções 156 e 189 da OIT; desenvolvimento econômico e sustentável; mulheres rurais, das águas e das florestas; e em defesa da democracia.

 

Devemos aproveitar este período onde se discute o “Dia Internacional da Mulher” para ampliar o diálogo com a sociedade. Os temas propostos pela CUT Nacional observam as lutas mais emergenciais dos trabalhadores e trabalhadoras. É com o empenho que é comum à nossa luta que iremos para as ruas neste 8 de março para cobrar os nossos direitos.

 

 

Maria Aparecida Faria é secretária-geral Adjunta da CUT Nacional e secretária de Mulheres da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social

 

 

 

 

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