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Saúde na Copa: Na luta, torcendo pelo Brasil

Escrito po: Gervásio Foganholi

06/06/2014

Estaremos de plantão, torcendo pela seleção brasileira, mesmo estando em Campanha Salarial, reivindicando salário decente e condições dignas de trabalho e atendimento aos usuários da saúde

 

Os trabalhadores públicos da Saúde no estado de São Paulo, em greve desde 26 de maio, porque já não aguentamos mais as promessas e acordos não cumpridos pelo Governo Alckmin que até reajuste provisionado tirou da conta salário do trabalhador, não somos contra a Copa.


Diferentemente das OSSs, que no limite de seu "equilíbrio financeiro", fecham as portas do Pronto Socorro, os trabalhadores públicos da saúde em greve sempre atendem urgências e emergências. Não será diferente na Copa. Estaremos de plantão, torcendo pela seleção brasileira, mesmo estando em Campanha Salarial, reivindicando salário decente e condições dignas de trabalho e atendimento aos usuários da saúde. 


E não é porque estamos em greve na Sucen que a epidemia de dengue acontece. Há muito tempo estamos brigando por condições de trabalho. Falta pessoal, falta equipamento, falta tudo. Mesmo assim, estamos juntos com os municípios no combate ao mosquito. Mas sem salário decente e condições de trabalho, estamos dando murro em ponta de faca.


Na Copa, os trabalhadores da Saúde, como a maioria da classe trabalhadora brasileira, vão acompanhar os jogos, torcendo pelo Brasil porque o futebol faz parte da vida da maioria dos brasileiros.


Os fanáticos economizaram desde a escolha do Brasil como país sede para poder assistir a todos os jogos. E não foi somente uma elite endinheirada. A maioria vai ver mesmo pela TV com a família ou com os amigos, como tem sido já há alguns anos, devido à violência que se propagou pelos estádios, afastando os torcedores. É claro que as tevês ganham muito com a transmissão dos jogos. Quanto mais audiência, mais lucro com publicidade e propaganda que seria menor se o torcedor estivesse em peso nas arquibancadas.


O que precisa ficar claro é que não somos contra a Copa.


Esse mega evento trouxe, traz e trará benefícios aos brasileiros além da almejada taça ou do prazer de ver um jogo de futebol. Não precisa ser especialista para saber o significado da Copa para o país. Há problemas? Muitos. Muitos brasileiros não vão assistir a Copa nem pela TV. Ainda não tem energia elétrica onde moram. E por isso os movimentos sociais estão nas ruas. É justo.


Também não podemos esquecer do que a Copa tem de positivo, como a abertura de muitos postos de trabalho em um momento em que a classe trabalhadora de países ditos de primeiro mundo, subordinados à lógica do lucro, enfrenta o desemprego e a perda de direitos.

Mesmo que o Governo Alckmin não faça a necessária redistribuição de renda, deixando os trabalhadores públicos da saúde no estado mais rico do país com salários arrochados, ou até faça correção no prêmio de incentivo com chapéu alheio - essa gratificação é paga com verba federal -, não somos contra a Copa.


Vamos ter Copa. Mas água, não.

 

Gervásio Foganholi e Presidente do SindSaúde-SP

 

 

 

 

 

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