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O paradoxo entre a teoria e a prática

Escrito po: •Célia Regina Costa –Secretaria de Mulheres da CNTSS

08/11/2011

“O paradoxo feminino”, esse é o título do artigo assinado pelo Senador Aécio Neves, no jornal Folha de São Paulo, nesta segunda(07) de novembro.

O artigo homenageia mulheres fantásticas da sociedade como Ruth Cardoso, Marta Suplicy, Benedita da Silva, Luiza Erundina e a presidente Dilma. Eu acrescentaria mais alguns nomes à essa lista como as sindicalistas: Maria Faria, Solange Caetano, Nelci, Fátima, Cleidinir, Maria do Carmo, Rosinha, Irene, Elaine, Graça , Juvandia, Miriam, Julia, Junéia, Maria Isabel Noronha ( Bebel), Rosanas, Rosanes Silvas, Bertotti, Tudi, Sonias  e as mais diversas companheiras que são referência na sociedade  e fazem a transformação do  mundo  trabalho e do movimento sindical.

Concordo com o senador sobre os dados das desigualdades referentes a gênero e raça. Todos os dados trabalhados no artigo nos coloca um grande desafio de continuar a planejar a nossa ação e aprofundar ainda mais a nossa intervenção na sociedade e no mundo do trabalho para podermos suplantar tamanha diferença,  quem sabe em menos de uma década.  O que me surpreendeu  realmente, neste artigo, foi saber desta sensibilidade do senador sobre as questões de gênero, mas que, quando governador do estado de Minas Gerais não aplicou nenhuma política para diminuir esta realidade que constata com tanta propriedade em seu artigo.

Na saúde, educação, e na maioria dos  serviços públicos, conforme aponta a pesquisa do Anuário do Dieese, são  cargos ocupados por profissionais/mulheres, na grande maioria com salários baixos, sem política salarial que leve em conta planos de carreira ou a valorização profissional dessas trabalhadoras que se tornam cada vez mais chefes de família. E são essas mesmas mulheres que vão continuar duplas e triplas jornadas de trabalho para completar os baixos salários pagos pelos governos dos estados de Minas Gerais, São Paulo, etc. Com essa política de arrocho salarial e desvalorização só contribuiu e contribui para que estas mulheres trabalhadoras do setor público da saúde, da educação, da assistência social, reafirmem a dura posição do Brasil no ranking da desigualdade.

Espero que o senador imbuído pelo seu espírito de perplexidade das condições em que essas trabalhadoras se encontram, ele possa intervir para sensibilizar os governadores de Minas, São Paulo e demais estados a implantar um processo de valorização salarial com respeito às entidades sindicais que há décadas estamos lutando.

 

 

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