Em resposta à falta de resolutividade por parte da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), os servidores da saúde decidiram ocupar a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) até que o governo marque um calendário de negociações efetivas com os profissionais da saúde. Cerca de 50 trabalhadores passaram a noite na área do cafezinho anexa ao Plenário e aguardam uma sinalização da Seplag.
Desde a suspensão da greve, no dia 15 de julho, foram realizadas rodadas de negociação com as gestões das instituições do Sistema Estadual de Saúde e com assessores e técnicos da Seplag. No que é de competência da Secretaria, muito pouco se avançou - mesmo porque não houve nenhuma reunião com os secretários, que são quem realmente tem poder de decisão.
Durante a assembleia desta terça, realizada no pátio da ALMG, o diretor do Sind-Saúde, Renato Barros, repassou os informes das negociações com o governo e ressaltou que a Seplag está insistindo em discutir esse ano apenas questões que não estão na pauta imediata dos servidores públicos, como o estatuto do servidor. "Não temos pré-agendada nenhuma reunião para tratar das questões prioritárias para os servidores", disse Renato.
Os deputados Adelmo Leão (PT) - que foi um dos escolhidos em plenário para intermediar as negociações entre o Sind-Saúde e a Seplag - e Rogério Correia (PT) compareceram ao local onde se concentram os trabalhadores e manifestaram total apoio ao movimento. Adelmo Leão ressaltou que de fato a política de saúde não tem sido debatida pelo governo estadual.
Antes de decidir pela vigília, os trabalhadores da saúde compareceram a uma audiência pública conjunta das Comissões de Educação e de Saúde, mas não conseguiram ser ouvidos.
O Sind-Saúde convoca os trabalhadores da Escola de Saúde, Fhemig, Funed, Hemominas e Secretaria de Saúde a comparecer à ALMG (Rua Rodrigues Caldas, 30 - Bairro Santo Agostinho, Belo Horizonte/MG) para engrossar o movimento.