A reunião entre representantes do governo, da Assembleia Legislativa, das instituições de saúde e dos trabalhadores realizada nesta terça-feira (20) garantiu apenas alguns comprometimentos de análises, mas não deu resposta às ansiedades e aos direitos dos servidores da saúde. A subsecretária de gestão de pessoas, Fernanda Neves, admitiu que os pontos são todos pertinentes e justos, mas ressaltou que o governo não tem recursos para garantir esse ano qualquer questão que gere impacto financeiro.
O único ponto que o governo apresenta como possível é a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais para parte dos servidores da saúde, exceto os cargos em áreas técnicas-administrativas. Porém a proposta do governo contraria a do Sindicato quando prevê a redução dos salários. O Sind-Saúde não concorda com a redução salarial.
O governo deixou alguns pontos de discussão pendentes como adicional noturno, adicional de insalubridade e equiparação da estrutura de carreira. Em resumo, todas as reivindicações que geram impacto financeiro foram adiadas para 2012.
Várias das reivindicações dos servidores já se arrastam há anos e o governo sempre adia a discussão justificando não ter possibilidade financeira. Essa foi a avaliação do diretor do Sind-Saúde, Renato Barros. “Os trabalhadores estão ansiosos e necessitam de respostas, a categoria não agüenta mais esperar a falta de negociação do governo”, cobrou Renato.
Uma nova reunião foi marcada para o início de novembro para continuidade das negociações. Também foi informado pela Fernanda Neves que não tem recurso para o pagamento do prêmio de produtividade e avisou que não tem estimativa de quando ele será pago aos servidores. O Sind-Saúde reitera que com a criação do prêmio, o governo criou uma expectativa que deve ser cumprida com os trabalhadores que contam com este recurso financeiro.
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Entre outros, participaram da reunião: os diretores do Sind-Saúde Renato Barros e Lúcia Barcelos; representantes dos trabalhadores da Funed e da Hemominas; a subsecretária de gestão de pessoas da Seplag, Fernanda de Siqueira Neves; o secretário adjunto da Secretaria de Saúde, Breno Henrique Avelar; os deputados estaduais Adelmo Leão (PT) e Carlos Mosconi (PSDB) - escolhidos pela Assembleia Legislativa para acompanhar as negociações; o presidente da Fhemig Antônio Carlos de Barros Martins; o presidente da Funed Augusto Monteiro Guimarães; e a presidente da Hemominas Júnia Guimarães Cioffi