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Sindsaúde SP: polícia de Dória impede carreata dos servidores do Iamspe em defesa da vida e por direitos

31/07/2020

Manifestação marca mais uma agenda de luta por direitos e segurança contra Covid-19; ato conjunto reúne professores que são contrários ao retorno das aulas presenciais neste momento da pandemia

Escrito por: Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT / Sindsaúde SP

 

 

A imagem de gestor “moderno” e “preocupado” com as questões de saúde pública que o governador João Dória (PSDB) tenta passar permanentemente em suas coletivas de imprensa sobre o Covid-19 mais uma vez se desmanchou no ar em novo episódio na última quarta-feira, 29 de julho. Bastou a realização de uma carreata promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (Sindsaúde SP) reunindo trabalhadores do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) para que as tropas da Polícia Militar fossem acionadas para impedir o acesso ao Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do governador.

 

A carreata do Sindsaúde SP teve como ponto de concentração a entrada do Ambulatório do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), na avenida Borges Lagoa, e seguiu até as imediações do Estádio do Morumbi, quando os organizadores do ato foram subitamente surpreendidos com o primeiro bloqueio montado pela Polícia Militar. Os trabalhadores não se intimidaram é resolveram dar continuidade à manifestação seguindo a pé até o Palácio dos Bandeirantes. Durante o percurso, novamente os servidores foram vítimas de uma nova barricada formada por policiais militares para impedir que pudessem prosseguir até seu destino.

 

Para piorar ainda mais o humor do governante tucano, houve a junção com a carreata programada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). A unidade com os professores foi definida durante assembléia realizada em 23 de julho, que reuniu o SindSaúde-SP, a Associação dos Funcionários do Iamspe (Afiamspe), Associação dos Enfermeiros do HSPE (Aehspe), Associação dos Fisioterapeutas, Associação dos Farmacêuticos (Afarmiamspe). Os docentes, para registrar, são contra a volta às aulas presenciais, prevista para 8 de setembro, além de reivindicar o pagamento de salário e auxílio emergencial aos professores eventuais da rede pública estadual, que são remunerados apenas pelas aulas dadas.

 

A tesoureira da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social e secretária-geral do Sindsaúde SP, Célia Regina Costa, destaca que a manifestação é em defesa da vida e por direitos. “Combinamos com os companheiros da APEOESP, a deputada Bebel, presidente da entidade, para fazer esta carreata aqui em defesa da vida. Nós, do Hospital do Servidor, estamos lutando também para pagamento do nosso bônus. Todo mundo sabe que nós do Hospital temos o menor salário do estado. Todos sabem que no Hospital nove companheiros faleceram e centenas estão contaminados. Por isto, estamos nesta carreata em defesa da vida para tentar conversar com o governador, mas fomos barrados pela polícia que nos conduziu até aqui. Vamos tentar negociar para fazer nossa manifestação,” declara a dirigente e também trabalhadora do Hospital do Servidor.

 

 

Clique aqui e veja as entrevistas:

Os profissionais do Iamspe realizaram a carreta tendo como referências a defesa da vida dos trabalhadores, por melhores condições de trabalho, pelo pagamento da bonificação de resultados e pela volta do Instituto para a gestão da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Tem sido intensa a luta destes trabalhadores desde o início da pandemia do Covid-19 para terem seus direitos respeitados e as condições de segurança necessárias para o desenvolvimento de suas funções. O Hospital amarga a triste marca da perda de 9 colegas de trabalho que foram a óbito por conta do  coronavírus e um número imenso de casos de contaminação. Mesmo com este alto grau de risco, o governador se nega a pagar o adicional de 40% de insalubridade.

 

Há ainda a questão relativa à falta de pagamento do Bônus que os trabalhadores têm a receber anualmente em março. Apesar de ser um direito estabelecido em lei e já constar no Orçamento, o governo alega que o Instituto passou para a Secretaria de Governo, antes era vinculado a  Secretaria de Gestão e Planejamento, e agora a nova pasta não possui legislação que regulamente o pagamento. Os servidores também questionam o processo crescente de terceirização que atinge o Hospital e cobram da administração a realização de concursos. Há uma crescente desvalorização dos servidores, pois até o valor dos plantões-extras pagos pelas empresas terceirizadas são maiores dos que os que são pagos aos trabalhadores efetivos.

 

Toda esta situação levou com que os servidores do Hospital realizassem uma paralisação parcial por 48 horas, entre os dias 16 e 17 de julho, para forçar o governo a negociar. Em entrevista concedida ao site do Sindicato, a secretária de Assuntos Jurídicos do SindSaúde-SP e servidora do Iamspe, Regina Bueno, deixou registrado que “a Superintendência disse à imprensa que está negociando essas pautas conosco, mas não diz que estamos há anos com salários defasados e que nenhuma de nossas reivindicações estão sendo atendidas.” Medidas tomadas que exemplificam a existência de dois governos: um fictício que se apresenta à imprensa e outro real que trata os seus trabalhadores à pão e água.

 

 

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT

Com informações do Sindsaúde SP

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