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Movimentos sociais ampliam pressão por mudanças na reforma do Código Florestal

13/05/2011

Escrito por: Postado por Clara Bisquola

Movimentos sociais ampliam pressão por mudanças na reforma do Código Florestal Após “pegadinhas” no relatório de Aldo, movimentos sociais ampliam pressão por mudanças na reforma do Código Florestal

Semana será decisiva para articulação das entidades

Escrito por: Luiz Carvalho

Após o furacão que tomou conta da Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira (11), durante discussão sobre a reforma no Código Florestal, e acabou por adiar a votação, a CUT e outras entidades dos movimentos sociais se articularão nos próximos dias para definir a estratégia empregada para evitar novas surpresas.

Uma mudança no substitutivo proposto pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), sem consentimento dos líderes partidários que já haviam fechado um acordo sobre o tema, adiou a decisão para o início da próxima semana. A justificativa do governo para a indefinição ocorreu após a alteração do termo “recomposição” por “regularização” em relação à recomposição da reserva legal. A mudança permitiria a redução da reserva legal ao invés da recomposição da floresta como forma de regularizar a área, exatamente como constava na primeira versão do texto.

Líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), criticou a modificação que contrariou o acordo firmado na Casa. “Há uma situação de mudança de texto que altera os conteúdos. O primeiro texto que recebemos tínhamos concordância porque representava o acordo fechado hoje à tarde. Depois, foi apresentado outro texto com mudanças de conteúdo e isso indicou que é preciso cautela na votação e ainda temos que ter coesão entre os partidos da base do governo para esse enfrentamento", afirmou no site do partido.

Para a secretaria de Meio Ambiente da CUT, Carmen Foro, o adiamento é fruto da dificuldade de enfrentar o poderio econômico do agronegócio. “O resultado de ontem é fruto de uma tentativa de enfiar interesses que haviam ficado de fora. Foram incluídos pontos como a regularização das Áreas de Preservação Permanente (APPs) às margens de rios por meio de decreto da presidenta Dilma Rousseff, que levaria em conta critérios de utilidade pública, o que deixou os empresários do agronegócio bravos. O fator essencial seria a produção de alimentos por parte da agricultura familiar. O que se seguiu foi uma manobra deles para tentar empurrar um relatório no escuro”, criticou.

Sobre os próximos passos, a dirigente comentou que os movimentos definirão nos próximos dias uma estratégia para não se perder os avanços que já haviam sido conquistados e convencer a bancada sobre a unidade necessária, já que o texto deve ir á votação na próxima terça (17). O consenso é fundamental não apenas para desenrolar o projeto de reforma do Código, mas também para evitar emendas dos parlamentares da oposição - DEM, PSDB e PPS -, que há muito buscavam um meio de desgastar o governo.





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