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#LulaLivre: um mês de vigília em apoio e solidariedade a Lula

07/05/2018

Caravanas do Brasil inteiro se revezam no Acampamento Marisa Letícia. O ex-presidente Lula não ficou um dia sem receber "bom dia e boa noite" calorosos

Escrito por: CUT / Brasil de Fato

 

 

Esta segunda-feira (7) marca os 30 dias de resistência, apoio e solidariedade ao ex-presidente Lula, mantido como preso político na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), no bairro Santa Cândida, em Curitiba. O Acampamento Marisa Letícia, instalado nas proximidades da PF, que luta pela liberdade de Lula tem, em média, 250 pessoas por dia. Nos finais de semana esse número aumenta porque muitos trabalhadores e trabalhadoras fazem questão de passar pelo acampamento para se solidarizar e dar um 'bom dia, presidente Lula!" 

 

Tem acampado de Curitiba e interior do Paraná e, também, trabalhadores e trabalhadoras que vêm em caravanas de estados, como Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Eles vão se revezando. Quando uma caravana vai embora sempre tem outra chegando. 

 

Depois do ataque a tiros no sábado (28) que atingiu o presidente do Sindicato dos Motoboys do ABC Paulista, Jefferson Lima de Menezes, no pescoço e feriu de raspão advogava Marcia Koakoski; e do vandalismo do delegado da Polícia Federal, Gastão Schefer, que, na manhã de sexta (4), destruiu uma caixa de som na hora do 'bom dia, presidente Lula',  várias medidas para aumentar a segurança dos acampados foram tomadas. O objetivo é proteger os acampados e evitar atritos, nada mais, diz o coordenador.

 

Foram criadas barricadas e está sendo instalado um portão com o objetivo de oferecer um pouco mais de tranquilidade aos acampados. 

 

Todo esse trabalho de equipe e parceria entre dezenas de organizações populares e sindical começou antes de 7 de abril, segundo a presidenta da CUT-PR, Regina Cruz. Enquanto a resistência acontecia no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, Região do ABC paulista, e a militância em todo o país saia às ruas em protesto à prisão política do ex-presidente Lula, e em Curitiba, chegou a informação de que ele iria cumprir a determinação da Justiça, "começamos a erguer imediatamente o acampamento nas imediações da PF", lembra Regina, que é também uma das coordenadoras do acampamento Marisa Letícia e Vigília Lula Livre, em Curitiba.

 

“É mais de um mês de resistência. A partir do momento em que o Lula se dirigiu para o Sindicato do ABC, nós em Curitiba fizemos as primeiras reuniões com todos os movimentos e entidades que compõem a Frente Brasil Popular. Naquela noite não dormimos. Ali começou a vigília, depois os atos em todo o Brasil, até o dia que montamos o acampamento em frente à sede da Polícia Federal”.

 

Unidade

 

“A unidade se consolidou naqueles instantes. Na mesma noite já tínhamos uma organização de comissões e desde lá isso continua. Temos grupos para estrutura, disciplina, segurança, programação, alimentação”, relata Regina ao fazer um balanço deste um mês de resistência.

 

As bombas no primeiro dia, a multa de 500 mil pela Prefeitura, o interdito proibitório, os constantes ataques de ódio são momentos que só fortalecem todos os que constroem este espaço de unidade e resistência, ” finaliza.

 

Personalidades

 

Após o primeiro dia, mais de 500 ônibus de todo o Brasil já visitaram a Praça Olga Benário, como foi batizado o espaço em que os eventos acontecem. No dia 01 de maio estiveram no Acampamento milhares de pessoas dando o Bom Dia Lula, que ocorre todos os dias às 09 da manhã. Segundo informações da organização, foram recepcionados mais de 250 ônibus.

 

Um livro de presença foi aberto há duas semanas, dia 25 de abril, e há registro de mais de 3 mil pessoas assinando, que são do Paraná, de regiões de todo o país e fora dele, como argentinos, mexicanos, equatorianos, colombianos, italianos, franceses, ingleses, americanos, noruegueses, guatemalenses, entre outros.

 

Diariamente políticos de todo o Brasil se revezam nas visitas ao Acampamento e também artistas nacionais como Chico César, Inez Viana, Lucélia Santos, Orã Figueiredo e personalidades como as chef de cozinha Bela Gil e Bel Coelho, por exemplo. Além do teólogo Leonardo Boff e o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel, que foram barrados na visita ao amigo Lula, porém deixaram palavras de apoio aos que fazem a resistência.

 

Nos seus primeiros dias, o acampamento contou com cerca de mil pessoas acampadas. Hoje há um revezamento das caravanas que chegam, totalizando cerca de 300 pessoas. Dentro do acampamento há uma organização bastante rígida com equipes de disciplina, estrutura, segurança e alimentação.

 

Alimentos doados

 

“Todo dia tem alguém subindo essa rua com seu saco de arroz, feijão ou outro alimento para doar ao Acampamento. Nós compramos comida apenas no primeiro dia e desde lá, com as doações, em especial do povo curitibano e das caravanas que chegam, estamos nos mantendo”, conta Marcia de Lima, da coordenação de estrutura do acampamento. Segundo ela, já chegaram a servir de 1200 a 1400 refeições ao dia.

 

Bruna, que é militante do MST, e também responsável pela alimentação, diz que foi surpreendida pelo expressivo número de doações. “Todo mundo estava bastante apreensivo com a hostilidade que poderíamos enfrentar. E, na parte de alimentação, ficamos surpresos com o tanto de doação de alimentos que recebemos. Temos um cálculo por cima de mais de 25 toneladas de alimentos doados”.

 

Artistas na programação cultural

 

Anaterra Viana, uma das coordenadoras da programação diária da Vigília Lula Livre, conta que logo nos primeiros dias não cabiam artistas em um só dia. “Foram muitos e muitas que entraram em contato se dispondo a fazer parte da programação”, relata. Contabiliza-se que já passaram pelo “palco da resistência”, segundo organizadores, mais de 200 artistas. Uma Virada Cultural e uma Mostra de Cinema em defesa da democracia já foram realizadas no local e também na Praça Santos Andrade.

 

Sobre o futuro das programações da Vigília, Anaterra diz que há uma consolidação deste espaço da resistência, inclusive para a cidade, e que algumas mudanças acontecerão para dar mais força ainda. Além da ideia de levarem o protesto contra a prisão arbitrária de Lula para todos os cantos da cidade, com panfletagens, haverá uma programação voltada para a formação política.

 

“Queremos agregar atividades de formação para que depois deste momento a gente leve algo para construir nosso futuro político. E, também para que as pessoas que vem de fora de Curitiba levem algo para passar para frente. Vamos fazer atividades de formação política”.

 

Casa da Democracia

 

Desde o primeiro dia de resistência, mídias alternativas e coletivos de comunicação se organizaram em uma ampla rede de colaboração, conseguindo ampliar a divulgação do Acampamento. Além das mídias brasileiras envolvidas, já se integraram jornalistas de mídias da Espanha, Argentina, entre outras localidades.

 

A Casa da Democracia é consequência desta organização, um espaço nas proximidades da sede da Policia Federal, que se ergueu a partir de financiamento coletivo e hoje conta com mais de 20 canais de comunicação. E é da Casa da Democracia que todos os dias, às 14h, que entra no ar o programa Democracia em Rede, iniciativa dos veículos de comunicação que estão cobrindo o cotidiano da Vigília Lula Livre.

 

 

 

*Com informações do Brasil de Fato

 

 

 

 

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