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CNTSS/CUT cobra novo modelo para combate ao "aedes aegypti"

04/02/2016

Aplicação de investimentos próprios pelos Estados, a criação de estruturas com recursos materiais e humanos e a valorização dos trabalhadores são indicativos que auxiliariam na solução dos problemas

Escrito por: Assessoria de Imprensa CNTSS/CUT

 

A CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social vem a público, por meio de seu presidente, Sandro Cezar, manifestar sua desaprovação frente ao atual modelo desenvolvido em nosso país para o combate ao mosquito “aedes aegypti” e, consequentemente, à proliferação da dengue, chikungunya e zika vírus, tendo em vista que investimentos não são realizados de forma adequada na ampliação da infraestrutura necessária para o trabalho e também na consolidação de equipes de profissionais, além da negligência observada na condução permanente do controle epidemiológico.

 

A população assiste estarrecida o avanço dos casos destas doenças por todo o país. Um quadro epidemiológico que atinge a todas as faixas etárias e as várias regiões brasileiras. O campo e a cidade sofrem as consequências desta anomalia na saúde pública. Mais recentemente a sociedade foi surpreendida com a cruel relação entre o contágio com o zika vírus e os casos de microcefalia. A cada dia surgem novos casos. Um fenômeno que tem se apresentado até agora mais agudamente nas populações de baixa renda.

 

A Confederação, por meio de seus Sindicatos representativos das várias profissões ligadas às áreas da saúde pública e privada, tem acompanhado o desenrolar destes acontecimentos e atuado na busca da solução para este problema. É opinião comum destes trabalhadores que a falta de estratégias corretas para a prevenção e o combate ao mosquito fez com que, hoje, o vetor se encontre presente em todo território nacional. O país já erradicou o mosquito em outros momentos históricos e o seu retorno só comprova a sensação de abandono das políticas públicas para seu controle e erradicação.

 

Os profissionais de saúde cobram melhores condições de infraestrutura para realização de seu trabalho. É questionada a falta de aplicação, por parte dos Estados e Municípios, dos recursos disponibilizados pelo governo federal para o combate a estas doenças. É preciso que o Ministério da Saúde fiscalize e puna quem não cumpre com suas funções e não aplica os valores destinados para ações desta natureza.

 

É fundamental que os Estados cumpram suas responsabilidades dentro desta estratégia. A aplicação de investimentos próprios, a criação de estruturas com recursos materiais e humanos e a valorização dos trabalhadores são indicativos que auxiliariam na solução dos problemas. A guerra contra o mosquito não está vencida, mas batalhas importantes têm sido perdidas por conta da ausência de uma forte articulação entre os entes da Federação.  As ações de combate ao mosquito devem ser fortalecidas.

 

A sociedade quer e tem o direito a soluções o mais rápido possível. Os trabalhadores precisam ser ouvidos e atendidos em seus questionamentos. A Confederação reafirma que só através de um novo modelo de combate ao mosquito “aedes aegypti” será possível reverter o atual quadro que coloca em risco a saúde da população brasileira.

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