A greve da saúde está cada vez mais forte. Nesta quarta-feira (29), segundo dia de greve, um grande ato levou da região hospitalar até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o coro da insatisfação dos servidores da categoria. Ao chegar, os trabalhadores externaram suas reivindicações com o Presidente da ALMG e com outros deputados presentes. Enquanto o governo não se posiciona, vários setores de diversas unidades hospitalares estão parados ou funcionando em escala mínima.
Concentração e passeata
O ato da manhã desta quarta começou com apitaço na porta do Hospital João XXIII. Vários servidores da Fhemig, Hemominas e Funed se reuniram no local para manifestar, informar à sociedade sobre os motivos da greve e convocar mais servidores a aderirem ao movimento.
De lá, os trabalhadores se dirigiram em passeata para a ALMG. Com charanga, apitos, bandeiras, faixas e boletins, os servidores mostraram que estão mobilizados para que o governo atenda às legítimas reivindicações.
Debate na Assembleia
A caminhada tinha como destino a audiência pública que era para estar sendo realizada desde as 10 horas para discutir a dívida de Minas Gerais com a União. Tal audiência, que tinha como um dos convidados o ex-governador Aécio Neves, foi cancelada pelo deputado Zé Maia (PSDB) em virtude da manifestação dos professores que já estavam presentes e dos profissionais da saúde que se encaminhavam.
O presidente da Assembleia, deputado Dinis Pinheiro, recebeu os servidores das duas categorias, além daqueles do Ipsemg, que também estão de greve. Os deputados Rogério Correia (PT), Pompílio Canavez (PT), Elismar Prado (PT), Carlin Moura (PCdoB), Antônio Júlio (PMDB), Paulo Lamac (PT) e Duarte Bechir (PMN) também participaram da reunião.
No encontro com a saúde, o presidente da ALMG ressaltou que o deputado Carlos Mosconi, que preside a Comissão de Saúde, está intermediando com o Executivo seobre que negociações e propostas. O diretor do Sind-Saúde, Paulo Carvalho, exigiu algo de concreto da ALMG, alguma resposta ou no mínimo uma data. O presidente nada definiu.
A greve continua!
Nesta quinta, dia 30 e terceiro dia de greve, o ato será na porta da Hemominas e do Hospital João Paulo II. Todos servidores estão convidados a comparecer para reforçar ainda mais a greve.
Haverá, ainda, uma reunião dos representantes da Unimontes e da UEMG na Seplag para discutir mais uma vez a proposta de estrutura de carreira para o Ensino Superior encaminhada pelo Sind-Saúde.