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Segundo dia do Curso de Formação da CUT debate a comunicação na Central e nos movimentos sociais

16/10/2013

Representantes do MST, Marcha Mundial de Mulheres e Movimento Fora do Eixo trouxeram suas experiências em comunicação para o debate dos trabalhadores

Escrito por: Assessoria de Imprensa CNTSS/CUT

 

 

O segundo dia de trabalho do curso de “Formação de Formadores em Comunicação”, ocorrido na terça-feira, 15/10, teve como etapa inicial a discussão sobre o papel da comunicação na construção da CUT nestes seus 30 anos de existência. Fatos marcantes, desafios, ações e instrumentos de comunicação utilizados neste período foram analisados pelo grupo de dirigentes, cerca de 30 vindos de todo o país, ainda na parte da manhã deste dia.

 

A agenda da tarde foi destinada para a apresentação de estratégias de comunicação realizadas recentemente por movimentos sociais. Foram convidados Igor Felippe, do MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra; Rafael Vilela, do Movimento Fora do Eixo, e Bruna Provasi, do Movimento Marcha Mundial de Mulheres.

 

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Provasi iniciou sua fala lembrando que a Marcha Mundial das Mulheres é um movimento feminista e anticapitalista que surgiu no ano de 2000 no Canadá e hoje já está presente em mais de 150 países. O movimento vê a comunicação como uma ferramenta importante para informar sobre a agenda de lutas, mas não deixa de observar o caráter político presente nas redações.

 

“Nós sabemos que os meios de comunicação tradicionais não representam a nossa luta, mas não podemos estar ausentes deste espaço. Nos preocupamos também em trabalhar com veículos autônomos de vários movimentos sociais e com os espaços da internet. Hoje, temos um coletivo de comunicadores na nossa estrutura para atuar coletivamente na divulgação do movimento,” destaca Provasi.

 

O MST, conforme informou Igor Felippe, sempre se preocupou com a comunicação. Desde seus primeiros assentamentos, ainda na década de 1980, o movimento procurou criar veículos para divulgar suas ações buscando atingir os próprios trabalhadores que ficavam “ilhados”, por conta da ação policial, no próprio assentamento, os simpatizantes da luta e para todo o conjunto da sociedade, uma vez que os veículos tradicionais de comunicação não divulgavam os motivos das ocupações.

 

 

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“Em 1997, em decisão tirada em Congresso, foram criadas duas grandes ferramentas de comunicação: o Portal na Internet e a Revista dos Sem terra. No inicio dos anos 2000, investimos em Rádios Comunitárias. Foi um sucesso, mas depois houve um desmonte por parte da Anatel. Neste período, formamos uma rede com um representante de cada assentamento para ter informações da luta local e ajudamos na construção do Jornal Brasil de Fato”, destaca o representante do MST.

 

Felippe lembra que foi criada uma rede de assessoria para tratar diretamente com a grande imprensa, com representantes em doze estados. “Mesmo tendo esta estratégia, acreditamos que a classe trabalhadora deve ter seus próprios meios de comunicação. Recentemente nos aproximamos dos blogueiros progressistas. É um espaço importante e tem ganhado força e avançado bastante. Nós valorizamos muito este espaço,” finaliza Felippe.

 

Dentro desta linha de olhar sobre o universo das redes sociais, a coordenação do curso foi buscar ouvir o trabalho realizado pelo Movimento Fora do Eixo. Rafael Vilela, representante deste movimento, relembra que o projeto surgiu há sete anos, voltado para divulgação de ações culturais de forma alternativa.

 

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“A mídia tradicional não se preocupava com a cultura alternativa, assim resolvemos construir nossa própria rede a partir do uso da Internet. Foi assim que surgiu este coletivo, à época com apenas três pontos, que ficou conhecido com Fora do Eixo. Já temos cerca de 150 pontos em todo o país trabalhando com uma produção cultural independente,” destaca Vilela.            

 

“A mídia Ninja (Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação), que surgiu como desdobramento deste trabalho, ficou mais conhecida a partir de junho. Naquele momento, percebemos que havia dois grandes bloqueios sobre a divulgação destes protestos: por parte da polícia e dos meios de comunicação. Assim, conseguimos demonstrar que existe uma crise no modelo de comunicação e, com as manifestações, pudemos mostrar que queremos discutir isto. Mas também queremos estimular a discussão sobre o marco civil regulatório da Internet,” finaliza o represente do movimento.

 

José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa CNTSS/CUT

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