CNTSS/CUT defende trabalho decente em ato promovido pela CUT e demais Centrais Sindicais

Uma grande passeata marcou na data de hoje, segunda-feira, 07 de outubro, a agenda dos trabalhadores de São Paulo em mais uma edição da Jornada Mundial do Trabalho Decente. Promovida pela CUT – Central Única dos Trabalhadores e demais Centrais Sindicais, a mobilização aconteceu na avenida Paulista, no coração financeiro de São Paulo, e contou com a participação de lideranças sindicais e de mais de 1,5 mil trabalhadores.

Durante os cerca de seis quarteirões que separam a praça Oswaldo Cruz, ponto de concentração da caminhada, até a sede da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, local determinado para a realização do ato político,  os trabalhadores foram divulgando suas bandeiras de lutas contra as mais variadas formas de precarização do trabalho. Lideranças de sindicatos estavam presentes e utilizaram o carro de som para manifestar o repúdio da classe trabalhadora a toda forma de opressão contra os trabalhadores.

A CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social foi representada por sua secretária de mulheres e também secretaria geral adjunta da CUT Nacional, Maria Aparecida Faria. A dirigente fez questão de mencionar que este é um dia muito importante por levar para as ruas de mais de 100 países a luta  por trabalho decente. Lembrou que não é só o trabalho forçado, escravo ou infantil que estão sendo combatidos hoje, mas toda a forma de desvalorização e exploração que impede o crescimento da classe trabalhadora e que age como um fardo excessivo para o indivíduo que é obrigado a vender sua força de trabalho.

“Estamos aqui nesta passeata para dizer em alto e bom som que os trabalhadores estão atentos e combatendo todas as formas de exploração que o capital impõe cotidianamente. O subemprego, o excesso de horas trabalhadas, o trabalho pesado, os baixos salários, a má qualidade dos locais de trabalho, tudo aquilo que expõe os trabalhadores a uma situação de não vida está sendo aqui denunciado,” destaca a dirigente da CNTSS.

A CUT Nacional teve como interlocutor no ato o seu secretário de administração e finanças, Quintino Severo. Sua fala feita sobre o carro de som em frente à sede da FIESP encerrou o ato promovido pelas Centrais Sindicais. Quintino não poupou críticas aos empresários que não respeitam os direitos dos trabalhadores. Destacou que as lutas contra todo o tipo de opressão estão sendo travadas todos os dias pelos trabalhadores.

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"Estamos neste momento com a greve dos bancários acontecendo em todo o país. Eles querem não apenas melhores salários, mas também condições dignas para exercerem suas atividades. Este é só um exemplo da agenda de lutas dos trabalhadores. Temos também a luta contra o PL 4330 que precariza ainda mais as relações de trabalho por meio de uma terceirização que só beneficia os empresários. A CUT e as demais Centrais Sindicais são contra este projeto e vamos continuar lutando para que ele não seja aprovado no Congresso,” reitera Severo.

Os trabalhadores entregaram um documento aos empresários da FIESP, nominal ao presidente da entidade, o empresário Paulo Skaf, cobrando responsabilidade nas negociações coletivas, respeito à organização sindical e a ampliação do diálogo tripartide.

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José Carlos Araújo

Assessoria de Imprensa CNTSS/CUT