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26/10/2011
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social – CNTSS/CUT reuniu em Guarulhos, São Paulo, nos dias 24 e 25 de outubro, dirigentes sindicais e assessorias de comunicação do ramo para fazer o debate sobre o papel da mídia e a importância das redes sociais na disputa da hegemonia e fortalecimento das ações dos movimentos social e sindical, e também lançar o novo site da entidade em parceria com a CUT Brasil.
Os convidados para o debate da abertura, Paulo Salvador do núcleo de planejamento editorial da Revista Brasil, Renato Rovai editor da Revista Fórum e Leonardo Severo do núcleo de Comunicação da CUT Brasil, mediados pelo secretário de Comunicação da Cntss Sandro Alex Cezar, fizeram o debate trazendo experiências de outros países onde as ferramentas das chamadas novas mídias como sites, radio e TV web, e as redes sociais, como o Youtube, o Facebook e o Twitter são fundamentais para dar visibilidade as lutas dos movimentos sindicais e sociais, ignoradas pela grande mídia.
A idelologia da tecnologia está em disputa
Renato Rovai encerrou os debates da manhã falando sobre a importância do movimento sindical em que enfrentar esse desafio das novas tecnologias de comunicação de frente, que não pode ser tratada como se fosse um debate pós-modernidade de algumas pessoas que pensam na lógica liberal. “A tecnologia está aí para ser apropriada, ela por si só não tem ideologia. A ideologia da tecnologia está em disputa. É importante que os movimentos sociais: sindicatos, movimentos populares, os partidos de políticas de esquerda possam trabalhar o que tem de livre neste processo, se incluir nas redes e estudar como construí-las e poder fazer disso um movimento de aprendizado e de construção de uma nova cultura política. E foi isso que discutimos nesse debate. Em minha opinião, é preciso que os sindicatos, para se tornarem 2.0, para entrarem neste novo processo também se reinventem frente a essa cultura sindical e política em que os questionamentos que vem se acentuando. Exemplo disso pode ser visto no Mundo Árabe, no 15M da Espanha, na Ocupação de Wall Street, esses movimentos surgiram desse novo processo de uma construção horizontal de muitos falando para muitos. Se os sindicatos não perceberem isso, e é o que temo, que as direções progressistas e que tem capacidade de interlocução com maiores segmentos da sociedade que nos interessa, acabem perdendo espaço e sendo substituídos pelos grupos da direita que conhecem melhor essas ferramentas”.
Na parte da tarde, Paula Brandão, assessora de comunicação da CUT apresentou o projeto de comunicação que vem sendo implementado nacionalmente pela Central agregando suas estaduais e ramos, como a CNTSS apresentando também experiências práticas de uso das redes sociais na comunicação cutista, como também fez oficina prática de como construir redes sociais com os participantes.
Em seguida tivemos o debate sobre Cultura Digital com o palestrante Rodrigo Savazoni, diretor do Laboratório Brasileiro de Cultura Digital , abordando a importância da cultura digital como interlocutora , nesta nova sociedade da informação: a cibercultura e a revolução digital.
No final do dia o secretário de Comunicação da CNTSS, Sandro Alex Cezar apresentou o novo site (www.cntsscut.org.br), agora hospedado em servidor próprio da CUT. Paula Brandão, da assessoria de Comunicação da CUT Nacional contribui com os trabalhos, apresentando também experiências práticas de uso das redes sociais na comunicação cutista.
Novas ferramentas para responder aos desafios impostos pela conjuntura
/Na terça-feira, dia 26, último dia do encontro, Vera Gasparetto, jornalista e formadora da Escola Sindical Sul, realizou oficina prática de formação de comunicação. No final dos trabalhos Vera falou sobre a importância da disseminação de mais oficinas de comunicação para as entidades sindicais. “É importante por dois motivos: O primeiro está ligado a estratégia geral enquanto classe trabalhadora, que necessita de democracia na comunicação brasileira e políticas públicas de controle social, para que a sociedade tenha acesso aos grandes meios de comunicação levando sua voz e a sua pauta de acordo com seus interesses. O segundo é internamente. Os sindicalistas devem se organizar para fazer uma comunicação de qualidade , cada vez mais, para os trabalhadores e que essas mensagens e intenções sejam compreendidas e assimiladas para ampliar seu desejo pela mobilização e pela luta por direitos”
Fechando os trabalhos Sandro falou da importância dessa experiência para a confederação “Sem dúvida foi um grande marco de realização nas relações de comunicação da CNTSS junto aos seus sindicatos e federações, uma vez que se apropriar dessas novas mídias e redes sociais é fundamental para responder aos novos desafios impostos pela conjuntura”.
DEPOIMENTOS DOS PARTICIPANTES
Terezinha de Jesus Aguiar – Vice- presidente da CNTSS e diretora do SINTFESP (Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência).
“A realização dessa oficina cumpriu com o seu objetivo que foi de fortalecer a rede de comunicação da CNTSS/CUT junto aos seus sindicatos e, sobretudo junto à basa e da Seguridade Social”.
Bráulio Siffert – assessor de Comunicação do SindSaúde/MG ( Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais)
Ao invés de ficarmos só lamentando a situação da mídia no Brasil e discutindo as estratégias para modificar a situação, é também necessário que fortaleçamos a nossa capacidade de transmitir informações. E para isso é fundamental que as assessorias de Comunicação das entidades sindicais estabeleçam e fortaleçam uma rede interativa. “Neste sentido foi muito relevante e instigante a oficina: assessores e jornalistas das entidades de todo o país puderam trocar experiências e aprender sobre novas ferramentas e como utilizá-las para fortalecer a luta dos trabalhadores”.
Luciano Faria – secretário de Juventude do SINDPREV/CUT AL (Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado de Alagoas)
“Essa oficina foi muito importante por permitir trocar nossas experiências, como também para fortalecer nossas ações nos sindicatos e nos mostrar o quanto é importante o uso das novas mídias e redes sociais como ferramentas gratuitas e de grande poder de mobilização e interação em tempo real com as noticias e informações que são divulgadas”.
Shirley Macedo Gundim – secretária de Comunicação do SindSaúde /GO( Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Goias)
“Foi importante porque dá uma visão da importância da comunicação no sindicato e conhecer melhor e desmistificar essas ferramentas on line foi fundamental para que possamos incluí-las com mais propriedade nas lutas do sindicato”.
Claudia Santos – diretora de Comunicação do SERGS (Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul).
“A Comunicação dentro da esfera sindical é uma grande aliada para que consigamos transformar a sociedade tanto a gaúcha como a brasileira. Ela vem de encontro como desejo de valorizar os profissionais da saúde para que a população possa reconhecer o papel dos enfermeiros (as) como fundamental para a consolidação das ações concretas em saúde desde a prevenção até a recuperação”.
Diego Custódio Lopes – diretor de Comunicação do SINDACS/PB(Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Contendores de Doenças Endêmicas e Epidemiológicas do Estado da Paraíba).
“O resumo desses dois dias foi o saldo democrático. Essa oficina foi de grande importância, pois reafirmou o grande poder democrático das redes sociais e a necessidade de incrementar a comunicação não só com a base, mas também com todos os parceiros”.
Confira as fotos da galeria montada pelos participantes da oficina
Confira as fotos da galeria montada pelos participantes da oficina, utilizando a rede social Flickr: http://www.flickr.com/photos/comunicacaocut/
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