Tatiana Melim - CUT/SP
Na última atividade do segundo dia da 13ª Plenária Estatutária da CUT/SP, em que se deu início ao debate sobre o projeto político organizativo da CUT, propostas de emendas a ser encaminhadas à 13ª Plenária Nacional foram aprovadas pela maioria do plenário.
Uma das principais emendas aprovadas propõe: sindicatos que se filiarem à CUT a partir desta última Plenária terão que adotar medidas alternativas de manutenção do sindicato que não seja o imposto sindical; precisarão aprovar as contas do sindicato em assembleia; terão que adaptar os seus respectivos estatutos para que a direção possa ter, no máximo, duas gestões; entre outras adaptações.
O ponto que discorre sobre a limitação de gestões se estende também para a direção executiva da CUT São Paulo e Nacional. Ou seja, em mandatos correspondentes a 4 anos, nenhum membro da direção poderá ocupar o mesmo cargo por mais de duas gestões. Os sindicatos e a direção da CUT terão até o 12º CONCUT para se adaptarem, segundo a emenda aprovada.
Subsedes da CUT/SP
A proposta de reorganização da estrutura e funcionamento das subsedes da CUT/SP foi um dos destaques aprovados nesta tarde. São cinco pontos fundamentais que nortearão os novos trabalhos com as subsedes: resgate do papel estratégico das subsedes; fusão e/ou abertura e/ou realocação das subsedes; redistribuição de municípios entre as subsedes; novas implantações de subsedes no município; e a busca de alternativas para o financiamento de todas as estruturas.
“Vamos criar novas subsedes ou agrupá-las? Esse é um debate que precisa ser feito. É mais do que claro que precisamos estar mais próximo dos trabalhadores e trabalhadoras. Por isso, acredito que esse debate sobre a reorganização do modelo das nossas subsedes será fundamental, ainda mais aqui em São Paulo, que é um dos poucos estados a ter essa experiência de organização”, explicou Adi dos Santos Lima, Presidente da CUT/SP.
Para Marcelo Fiori, Secretário de Política Sindical da CUT/SP, a aceitação dessa proposta de atualização do modelo organizativo da CUT foi muito importante para a Central devido ao acirramento das disputas que ainda serão travadas no futuro “para que alcancemos de fato a liberdade e autonomia sindical que tanto lutamos para conquistar”. “Precisamos construir lutas comuns e agregar mais as nossas bases, por isso acredito que essas alterações serão positivas”, declarou.
O debate sobre o projeto político organizativo da CUT terá continuidade nos trabalhos da manhã desta sexta-feira, (26), último dia de Plenária, quando serão definidos também o plano de lutas e os delegados que irão representar a CUT São Paulo na 13ª Plenária Nacional.
Foto - Adi dos Santos, Presidente da CUT/SP, durante a última mesa de debate do segundo dia da Plenária