Tatiana Melim - CUT/SP
Encerrou na tarde desta sexta-feira, (26), a 13ª Plenária Estatutária da CUT/SP, que teve início na última quarta. Durante os três dias de atividades, foram debatidos e aprovados emendas e propostas que redefinem o modelo político-organizativo da CUT, como forma de fortalecer um sindicalismo que seja combativo e independente.
O questionamento do que é ser de fato um sindicato cutista permeou todo o debate, que apontou, em diversos momentos, para a necessidade de preservação de concepções históricas da fundação da CUT, além da reflexão de que é preciso a Central preparar um projeto que qualifique e dê oportunidade para a renovação dentro dos diversos sindicatos filiados e da própria CUT.
O “Plano de Lutas” aprovado pela maioria do plenário contém propostas que alteram a relação dos sindicatos com a sua base, como o novo projeto de sustentação financeira das entidades filiadas à CUT, com a reafirmação do fim do imposto sindical, o que significa a busca por uma nova estrutura que não dependa do imposto, e sim da contribuição voluntária decidida democraticamente pelos trabalhadores/as em assembleia.
Além de propostas que alteram o modelo de organização interna da Central, foram aprovados projetos que discorrem sobre a disputa de rumos do país, da sociedade e do movimento sindical, com o destaque para a luta pela liberdade e autonomia sindical, que é tema da 13ª Plenária Nacional, que acontecerá do dia 3 a 7 de outubro.
Todas as emendas aprovadas na Plenária Estadual de São Paulo serão encaminhadas para a etapa nacional, onde será definida se as propostas passarão a fazer parte do estatuto e da luta da Central Única dos Trabalhadores.
Os nomes que farão parte da delegação de São Paulo para a Plenária Nacional deverão ser entregues à direção da CUT/SP até segunda-feira (29). O critério de proporcionalidade para que todos os ramos sejam representados é a relação de 1 representante para cada 10 mil associados, conforme dispõe a resolução da CUT. No total, serão 78 delegados/as que representarão o estado de São Paulo.
Debate estadual-CUT/SP
No estado de São Paulo, passa a vigorar, a partir desta Plenária, que o apoio financeiro para custear o novo formato do 1º de Maio possa vir dos movimentos sindicais e/ou de parceria público/privada.