Ministério da Saúde divulga os resultados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP). Ao entrevistar 54 mil adultos, o estudo levantou dados sobre tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e peso.
Cigarro - Um dado a se comemorar é a diminuição do percentual de fumantes no país. De 2006 a 2009, ele caiu de 16,2% para 15,5%. Essa queda é a confirmação de uma tendência dos últimos vinte anos: em 1989, o índice dos que fumavam era de 33%.
A vitória brasileira contra o cigarro resulta do trabalho de conscientização liderado pelo Ministério da Saúde, aliado a medidas restritivas como a proibição da publicidade de tabaco e inclusão de advertências sobre os malefícios do fumo nas carteiras de cigarro.
Peso - A pesquisa também mostra que o percentual de pessoas com excesso de peso aumentou de 42,7% para 46,6% entre 2006 e 2009. Entre os homens , 51% estão acima do peso, enquanto 42,3% das mulheres sofrem com o problema. Para a coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, este é um problema mundial. “O hábito de deixar de comer alimentos saudáveis para comer produtos industrializados é um dos principais fatores para o excesso de peso”, ressalta a coordenadora.
A pesquisa verificou também que o percentual dos que sofrem de obesidade cresceu de 11,4% para 13,9% entre 2006 e 2009. O Ministério da saúde combate o problema através de diferentes ações, entre elas a inclusão de nutricionistas nas equipes de Saúde da Família. A orientação sobre a mudança de hábitos alimentares é decisiva para evitar prejuízos à saúde, como hipertensão e problemas cardíacos.
Consumo de bebidas - Sobre o consumo do álcool, a pesquisa revela que entre 2006 e 2009 o número de pessoas que declaram já ter abusado da bebida aumentou de 16,2% para 18,9%. Para o Ministério da Saúde, excesso de bebida é o consumo de cinco ou mais doses na mesma ocasião em um mês, no caso dos homens, ou quatro ou mais doses, no caso das mulheres.
Para combater este mal, o Ministério da Saúde defende medidas como a proibição da propaganda de cervejas e a elevação da carga tributária sobre as bebidas, que iria aumentar seu preço. O governo também aponta o sucesso de medidas como a “lei seca”, que pune severamente quem dirige sob efeito de álcool. O número de mortes no trânsito depois de um ano de validade da lei diminuiu em 6,2%. Foram 2.302 mortes a menos em todo o país.