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País é o 2º mercado para equipamentos médicos entre emergentes, mostra OMS

21/09/2010

Escrito por: Valor Econômico


País é o 2º mercado para equipamentos médicos entre emergentes, mostra OMS

Luciano Máximo

Apesar de um déficit comercial previsto em US$ 2,2 bilhões para este ano, o mercado de tecnologia para o setor de saúde no Brasil é o segundo maior entre 30 países emergentes, ficando atrás da China e à frente de México, Índia e Turquia. Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que as vendas de produtos como máquinas de radiologia, instrumentos cirúrgicos e próteses movimentaram US$ 2,6 bilhões no país em 2009, enquanto o desempenho chinês foi de US$ 6,1 bilhões. Esses valores excluem medicamentos.

Segundo o relatório "Equipamentos Médicos: Administrando Incompatibilidades", divulgado este mês, os países emergentes ganharam mercado nos últimos anos e registraram faturamento de US$ 21,5 bilhões, mas continuam bem atrás da indústria dos países desenvolvidos, que movimentou US$ 176,3 bilhões no ano passado. "Historicamente, os equipamentos de alta tecnologia são produzidos em países industrializados e exportados, enquanto equipamentos mais simples, como preservativos, luvas cirúrgicas e seringas, são produzidos nas economias emergentes, mas nos últimos anos várias multinacionais têm se instalado nos países em desenvolvimento", assinala o documento.

Segundo Reinaldo Guimarães, secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, a posição de destaque do Brasil no levantamento da OMS se deve ao aumento da participação chinesa no mercado de tecnologia da saúde. "Do ponto de vista da produção, o estudo é uma surpresa. O México, que tinha tradição no setor de equipamentos, perdeu várias multinacionais americanas e europeias para a China. Sua posição no ranking caiu. Já a Índia tem mais tradição na produção de princípios ativos", avalia.

Para ele, no Brasil, o setor seguiu a expansão do mercado de remédios nos últimos anos, ambos dinamizados pelo maior acesso da população ao Sistema Público de Saúde (SUS) e pela demanda por planos de saúde particulares. "Isso ocorreu por causa do aumento exponencial do emprego e das políticas de expansão do SUS pelos programas de inclusão social do governo", explica Guimarães.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2003 e março de 2010 foram investidos no país mais de R$ 6 bilhões em infraestrutura, pesquisa e tecnologia no setor da saúde em recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e das agências de fomento à pesquisa. Ainda assim, Marcos Ferraz, professor do Centro Paulista de Economia da Saúde da Universidade Federal de São Paulo (CPES-Unifesp), diz que o Brasil continua numa posição bastante dependente do mercado internacional e dificilmente chegará perto da China.

"O déficit da balança comercial da saúde, incluindo medicamentos, é de mais de US$ 9 bilhões. Falta regulamentação e estabilidade jurídica de médio e o longo prazo para estimular o desenvolvimento de pesquisa brasileira. Hoje, quem faz pesquisa em universidades e empresas tem poucos estímulos e corre muitos riscos."

A OMS também destaca tendências. Segundo o estudo, serão mais comuns no futuro tratamentos e cirurgias com equipamentos de alta precisão e a utilização da nanotecnologia e da genética na área médica. "Permitir amplo acesso às inovações tecnológicas é um grande desafio", diz o relatório.


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