Antes de completar um mês de governo e longe do discurso de redução de gastos, Anastasia presenteou os apadrinhados políticos com 1.314 cargos comissionados. Esta foi uma das ações emergenciais que fizeram o governador tomar o lugar dos deputados com as leis delegadas. Através da publicação da Lei Delegada 182 no último sábado (22/01), os cargos prenchidos sem concursos públicos terão nomeações imediatas e ao longo dos próximos 4 anos.
Além das vultuosas comissões, os salários destes cargos variam entre R$660,00 a R$8.500,00. Ao invés de valorizar os servidores de carreira, o acréscimo de funcionários sem concurso representa 7,4% no total de 17,5 mil cargos comissionados em Minas.
Continuísta da gestão tucana, Anastasia parece esquecer a cartilha neoliberal de enxugamento do Estado. Ao inchar a máquina com os cabides de emprego, o governo deixa claro que os cortes propagandiados pelo choque de gestão valem apenas para o defict zero nas àreas sociais como saúde e educação.
Na contramão dos apadrinhados estão os concursados que aguardam nomeações. Na saúde, o concurso da Fhemig realizado em 2009 nomeou menos de 700 aprovados do total de 4.249 vagas.
A “força ditatorial” - como o jornal Estado de S. Paulo classificou as Leis Delegadas do Anastasia - ameaça ainda mais a área da saúde com as Parceria Público-Privado (PPP´s). A intenção do governo é criar um vínculo com empresas para o projeto de Unidade de Atendimento Integrado (UAI) durante 20 anos. A política de privatização envergonhada da saúde vem tomando corpo no governo Anastasia que também já anunciou o projeto de PPP’s para o hospital do Barreiro.