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Trabalhadoras da saúde pública do estado de São Paulo ganham 20% a menos que os homens

29/03/2018

Em termos gerais, as mulheres representam 70,6% dos vínculos de trabalho ativos da Secretaria Estadual de Saúde, entretanto a remuneração ainda é 20% menor do que a recebida pelos homens

Escrito por: Sindsaúde SP

 

Aproveitando o mês de março, o sindicato e o DIEESE - Subseção SindSaúde-SP realizaram um pequeno “Raio X” sobre a situação da mulher trabalhadora da saúde pública estadual de São Paulo.


O estudo apontou que em termos gerais, as mulheres representam 70,6% dos vínculos de trabalho ativos da Secretaria Estadual de Saúde, entretanto a remuneração ainda é 20% menor do que a recebida pelos homens.


O levantamento foi um pedido da Secretaria de Mulheres do SindSaúde-SP, que desde já, começou a buscar dados visando a construção do debate e da tese das trabalhadoras para o 12º Congresso do SindSaúde-SP. “Grande parte de nós trabalhadoras da saúde trabalhamos em turnos irregulares, misturando tarde e noite em dias diferentes, realizamos plantões extras para complementar o salário e ao chegar em casa temos uma nova jornada de trabalho. Essa situação precisa ser vista, pois somos a grande maioria no quadro de trabalhadores da saúde estadual”, disse Mariuze Miranda secretaria de mulheres do sindicato.


Para realizar o trabalho, o economista do DIEESE (Subseção SindSaúde-SP), Luiz Fernando Alves Rosa utilizou como referência a folha salarial da Secretaria Estadual de Saúde, de janeiro de 2018, disponível no Portal da Transparência do Estado. Para realizar o cálculo das remunerações médias utilizou-se a remuneração referente ao mês.


Dos 48.203 servidores (as) ativos (as) que apareceram na folha salarial de janeiro da Secretaria de Estadual de Saúde, 34.037 (70,6%) são mulheres e apenas 14.166 (29,4%) homens. Outro dado constatado na pesquisa é que existe uma grande diferença na remuneração média entre homens e mulheres. Os homens ganham em torno de R$ 4.800, enquanto as mulheres pouco mais de R$ 3.800. É importante ressaltar que essa remuneração média leva em conta o salário, gratificações, os plantões e horas extras realizadas pelos trabalhadores (as) da saúde.


“Embora, no serviço público, seja garantida a isonomia salarial no ato da contratação, percebe-se que as mulheres enfrentam maiores dificuldades para evoluir na carreira, gerando diferença salarial em relação aos homens”, afirmou economista.


Na área da enfermagem as mulheres representam um número ainda maior de trabalhadoras, 84,9% do quadro geral. A diferença de remuneração média entre enfermeiros e enfermeiras é menor que do quadro geral, as mulheres profissionais da enfermagem ganham 0,6% a menos que os homens.


O estudo também apontou que na área da saúde, as mulheres também são maioria nos cargos de chefia, 76% são mulheres e apenas 24% homens. Neste caso as mulheres recebem 1,9% a mais de salário que os homens.


Ao final da pesquisa o economista conclui que “este pequeno diagnóstico, indica que ainda é preciso trabalhar muito para conquistar uma verdadeira isonomia material no que tange à remuneração no serviço público de saúde do Estado de São Paulo”.



Leiam a pesquisa AQUI

 

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