Fonte: IDEC
Segundo o balanço anual do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), referente a 2010, o setor de planos de saúde se manteve na primeira posição do ranking de atendimentos, pelo 11º ano consecutivo.
O balanço contabilizou 11.353 atendimentos a seus associados, sendo 5.019 referentes a orientações de consumo e 6.334 orientações sobre ações judiciais. A amostra é nacional.
Para a gerente de relacionamento com o associado do Idec, Karina Alfano, esses índices que se repetem há anos refletem, sobretudo, a falha da regulação e fiscalização desses setores, papel que cabe à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Como nos anos anteriores, os principais atendimentos em planos de saúde eram referentes a reajustes de mensalidade e a negativas de cobertura, mas um dos assuntos que se destacou em 2010 foi a manutenção de dependentes no plano de saúde após a morte do titular. Os atendimentos a essa questão foram potencializados pela publicação, no início de novembro, da Súmula 13 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que garante aos dependentes a possibilidade de permanecer no convênio com os mesmos direitos e, sobretudo, pagando o mesmo valor pela mensalidade. A regra vale para contratos novos e antigos com cláusula de remissão pecuniária.
Também gerou bastante repercussão entre os associados a proposta de adaptação e migração de contratos antigos, colocada em consulta pública pela ANS em novembro, assim como a demora no atendimento dos planos de saúde. Após um levantamento do Idec verificar que os usuários amargam tempo de espera absurdo para a realização de consultas, exames, cirurgias etc, a agência reguladora também abriu consulta pública com proposta de regulamentação dos prazos de atendimento.