Funcionários do Hospital e Maternidade Santa Marina estão com salários atrasados há mais de cinco meses
Saúde é um direito de todos. Mas, no Brasil, até mesmo hospitais particulares vêm enfrentando problemas que prejudicam pacientes e a equipe de saúde. Com salários atrasados, pagamentos fracionados e sem receber vale transporte, os enfermeiros ficam sem ter como ir trabalhar. Além de ficarem amarrados a, ainda assim, irem ao trabalho sob a ameaça de serem demitidos por justa causa.
O Hospital e Maternidade Santa Marina existe desde 1971, um longo período que não comporta os abusos que estão sendo cometidos no pagamento dos funcionários. Para a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP), Elaine Leoni, o caso é grave. “Em nome dos enfermeiros, tentamos fazer um acordo com o Hospital Santa Marina por diversas vezes para que fosse feito o pagamento dos salários em atraso e vale-transporte”, lembra a presidente.
Na última reunião entre a direção do hospital e os representantes do SEESP foi prometido o pagamento de pelo menos um mês atrasado do salário e vale-transporte. “Muitos profissionais estavam sem dinheiro para pagar a condução para trabalhar e para pagar o aluguel”, explica a presidente do Sindicato. Entretanto, a promessa não foi cumprida.
Diante tal situação, o SEESP ingressou com uma representação junto ao Ministério Público do Trabalho e orientou os enfermeiros a também acionarem ação trabalhista de rescisão indireta devido ao não cumprimento do contrato de trabalho.
Ao todo, 20 enfermeiros ainda trabalham no hospital e não abandonam seus empregos com medo de perderem seus direitos e sofrerem retaliações. Mas o Sindicato está apoiando-os. “Nós, do SEESP, estamos colocando nosso corpo jurídico à disposição dos profissionais de enfermagem para que atuem neste hospital. Estamos nos esforçando para que a situação seja resolvida o mais rápido possível, evitando prejuízo para os profissionais e para os pacientes”, completa a presidente, Elaine Leoni.