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Greve no HC de Ribeirão Preto (SP) lota hospitais do SUS

19/04/2011

Escrito por: Folha de São Paulo

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

A greve dos médicos-assistentes do HC de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) e, agora, a paralisação de parte dos servidores têm superlotado outras unidades da cidade que atendem pelo SUS. A paralisação ameaça ainda a produção científica da USP (Universidade de São Paulo).

Devido à greve, os médicos do HC estão atendendo só casos de urgência e emergência e, por isso, paciente que não é classificado dessa forma tem consulta remarcada ou procura outras unidades, como a Santa Casa e a Beneficência Portuguesa.

O diretor-técnico da Beneficência, José Victor Nonino, disse que a entidade tem trabalhado com até 20% mais pacientes que a capacidade.

Ele afirmou que isso acontece porque, normalmente, os hospitais da cidade já trabalham com ocupação total. "Quando acontece qualquer coisa fora do comum, há essa superlotação."

A paralisação ocorre porque a categoria quer equiparação com profissionais da Mater e do Hospital Estadual, que recebem o dobro.

O provedor da Santa Casa, Amauri Calil, também confirma a ocupação acima da capacidade. "Temos cerca de 200 leitos e sempre estão ocupados, mas agora estamos muito mais lotados. A greve [do HC] contribui para que isso aconteça", disse.

Calil e Nonino afirmam que, como o sistema de leitos do município está "no limite", outros fatores também influenciam na lotação. A ocorrência de dengue e a mudança no clima, que aumenta os casos de doenças respiratórias, são exemplos.

O médico-assistente Ulysses Strogoff de Matos, membro do comando de greve do HC, afirmou após assembleia ontem de manhã que não há previsão para que os profissionais retomem as atividades integralmente.

PESQUISA
Sem a equiparação salarial pedida pela categoria, a tendência é que profissionais peçam demissão do hospital, segundo médicos disseram à Folha. Isso também poderia trazer impacto para a produção científica da USP, de acordo com Matos.

Os médicos-assistentes também orientam residentes e estudantes da universidade. De acordo com os grevistas, há duas semanas essas atividades também estão suspensas.

A administração do HC afirmou ontem que o movimento não interfere nas atividades acadêmicas, já que docentes e alunos também atuam na orientação.

As reivindicações dos médicos e servidores, entre eles enfermeiros e auxiliares, que decidiram parar as atividades ontem e hoje, foram enviadas para a Secretaria de Estado da Saúde, de acordo com o hospital.

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