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06/02/2017
Na terça-feira, 31/01, como parte do programa de intercâmbio entre a CUT-SP e CGIL Milão e Lombardia, a delegação brasileira visitou algumas fábricas e conheceu as condições de trabalho de alguns setores de produção da Itália.
Uma delas foi a empresa multinacional americana General Electric - com planta em diversos países, entre eles Brasil – que há cerca de quatro meses não paga os direitos dos trabalhadores italianos, o que os forçou a ocupar a fábrica na tentativa de negociar uma saída. A situação é semelhante à enfrentada pelos metalúrgicos brasileiros da Karmann-Ghia, onde os trabalhadores tiveram de ocupar a empresa após o abandono da fábrica pela direção.
“A General Eletric comprou a empresa que tinha como principal produto produzir ar condicionado, e logo depois fechou, só para acabar com a concorrência, deixando os trabalhadores na mão, inclusive sem pagar salários e benefícios”, afirmou Almir Rogério “Mizito”, presidente do SindSaúde ABC e da FETSS (Federação Estadual dos Trabalhadores em Seguridade Social), que integra a delegação.
Abaixo, a nota da CUT/SP e da FEM/CUT em solidariedade à luta dos trabalhadores italianos:
“A CUT São Paulo e a Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da CUT-SP (FEM) se solidarizam à luta dos trabalhadores italianos que ocupam há cerca de um ano a fábrica da multinacional americana General Electric na tentativa de negociar uma saída para garantir o emprego de centenas de trabalhadores e o pagamento dos salários atrasados.
A multinacional, com planta em diversos países, entre eles Brasil e Itália, quer simplesmente abandonar a unidade italiana sem negociar uma saída com os trabalhadores que dependem do emprego. Na região, a General Electric é uma das principais empresas. A situação chegou ao extremo em setembro de 2016, quando a empresa parou de pagar os salários e os benefícios dos trabalhadores. A central CGIL tenta intermediar as negociações com o apoio do governo italiano.
A situação é semelhante à enfrentada recentemente pelos metalúrgicos brasileiros da Karmann-Ghia. Os trabalhadores também tiveram que ocupar a empresa após o abandono da fábrica pela direção.
Repudiamos veementemente atitudes irresponsáveis de multinacionais que descumprem acordos e desrespeitam os trabalhadores sempre visando o lucro. Toda a solidariedade à luta dos trabalhadores italianos da General Electric.
"A solidariedade é internacional. A sua luta é nossa luta".
(Delegação da CUT do Estado de São Paulo)
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