CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUE CENTRAL > SINDSAÚDE SP CONVOCA CATEGORIA A FORTALECER MOBILIZAÇÃO NOS LOCAIS DE TRABALHO
21/11/2013
Os trabalhadores da saúde denunciaram na quarta-feira, 13/11, em dois atos, um em frente à Secretaria Estadual da Saúde e outro em frente à Secretaria de Gestão Pública, e uma passeata pelas avenidas Dr. Arnaldo, Paulista e rua Bela Cintra, o desrespeito do governo do estado que descumpre a lei da data base, a regulamentação da jornada e os acordos assinados com o SindSaúde-SP.
A receptividade da população às palavras de ordem e denúncias dos trabalhadores fortaleceu a luta. E pela pressão da sociedade, a imprensa já não se convence mais com as inaugurações do governo do estado de novos prédios, novos equipamentos e tecnologias na saúde, porque faltam recursos humanos porque faltam salário digno e trabalho decente.
Os trabalhadores retornaram para suas unidades e regiões com a tarefa de manter e ampliar a mobilização em seu local de trabalho, realizando assembleias, reuniões e atos locais e regionais junto com o SindSaúde-SP para fortalecer nossa luta.
Os trabalhadores continuam a reivindicar reposição salarial de 32,2%, aumento do vale refeição de R$ 8,00 para R$ 26,22, prêmio de incentivo (PI) igual para todos, transparência no uso da verba Fundes (Fundo Estadual da Saúde) e compensação das diferenças salariais prevista na lei que regulamentou a jornada de 30 horas dos administrativos da saúde.
Nossa Campanha Salarial começou em fevereiro. A data-base é 1º de março. Como as negociações não avançavam, deliberamos greve no dia 1º de maio. Foram 47 dias de muita luta em todo o estado, incluindo a ocupação da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Essa mobilização conseguiu pressionar o governo do estado que, por meio das secretarias da Saúde, Gestão Pública e Casa Civil, com a participação do líder do governo na Alesp, iniciou um diálogo mais efetivo com o Sindicato.
A greve foi suspensa devido a acordos assinados entre SindSaúde-SP e governo do estado para encaminhar projeto da regulamentação da jornada dos administrativos e iniciar negociação com o Sindicato sobre a recomposição salarial da saúde e a revisão do prêmio de incentivo, uma gratificação paga com recursos do Fundes, composto por transferências do governo federal e administrado diretamente pela Secretaria Estadual da Saúde.
A regulamentação da jornada de 30 horas dos administrativos da saúde sem redução salarial, parte de um acordo do Sindicato com o governo do estado de 1997, foi encaminhada. A lei foi aprovada. Porém a compensação de perdas salariais não foi cumprida, de acordo com a lei aprovada. Além disso, os trabalhadores reivindicam a inclusão das autarquias Hospital das Clínicas de São Paulo, de Ribeirão Preto, Sucen e Iamspe.
Sobre a recomposição salarial, houve uma única reunião em julho, sem nenhuma proposta ou avanços na negociação. O governo incluiu como salário os chamados plantões extras que como o nome define é um trabalho a mais e não salário a mais.
Sobre o prêmio de incentivo, a Secretaria da Saúde criou uma comissão, formada por gestores que recebem os mais altos valores de PI, para estudar essa gratificação, sem a participação do Sindicato. Em reunião em setembro, o secretário da Saúde David Uip disse que o Sindicato poderia participar, porém até agora nada.
Os trabalhadores reivindicam também um vale refeição de R$26,22. O auxílio alimentação pago pelo governo Alckmin é R$ 8,00.
Cabe a cada um de nós, trabalhadores públicos da saúde no estado de São Paulo, ampliar a mobilização em nosso local de trabalho, realizando assembleias, reuniões e atos locais e regionais junto com o SindSaúde-SP para fortalecer nossa luta por salários dignos e trabalho decente na saúde.
Conteúdo Relacionado