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Segunda fase da Campanha Salarial denuncia descaso da patronal

03/09/2013

Sergs endurece o discurso em favor das bandeiras de luta da categoria, pressionando os hospitais a entrar em um acordo

Escrito por: SERGS

 

A Assembleia Legislativa e o Governo do Estado têm aumentado significativamente os recursos para os hospitais filantrópicos nos últimos anos. No entanto, esses investimentos não chegam aos trabalhadores. Enfermeiros e enfermeiras são tratados como desrespeito e podem parar caso não haja avanços. É esta situação que a segunda fase da Campanha Salarial 2013 irá mostrar com ainda mais ênfase no momento em que os empregadores se negam a oferecer aumento real e avançar nas cláusulas sociais.

 

Dentro da estratégia, o Sergs endurece o discurso em favor das bandeiras de luta da categoria, pressionando os hospitais a entrar em um acordo, além de mostrar a toda população gaúcha, por meio de materiais gráficos, as lutas elencadas.

 

Adesivos, cartazes e outdoors instalados em pontos estratégicos de Porto Alegre, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Canoas e Santa Maria contendo a chamada “Enfermeiros (as): conquistando e ampliando os direitos de quem cuida” indicam alguns dos principais pontos da negociação, como a reivindicação por salários dignos, aumento real, regulamentação da jornada de trabalho em 30 horas semanais, isonomia e a busca por um sistema de saúde público e de qualidade. Os impressos podem ser retirados na sede do Sergs.

 

Ao colocar o símbolo da Enfermagem no centro de um círculo de mãos, o Sergs quer mostrar que quem cuida de tantas pessoas também precisa cuidar da sua profissão e bem estar.

 

A presidenta do Sergs, Cláudia Santos, destaca que os trabalhadores estão sendo ludibriados quando os patrões dizem já ter dado o aumento. “O reajuste espontâneo concedido em maio pelos hospitais, e que tomou como base o INPC, foi apenas o repasse da inflação, que nada mais é do que a alta dos preços. Portanto, não houve ganho, basta pegar caneta, papel e calculadora e ver que continua elas por elas. Isso pode ser visto na hora de ir ao supermercado, pagar a escola dos filhos, fazer compras básicas. Aumentou seu poder de compra ou qualidade de vida?”, questiona.

 

A dirigente explica que só haveria aumento real se na folha de pagamento dos trabalhadores e trabalhadoras se nela constasse o índice de inflação mais um percentual sobre esse cálculo. E lembra que os hospitais filantrópicos, além dos recursos públicos recebidos, contam com isenção em uma série de impostos.

 

“Para que a campanha tenha êxito e, enfim, haja avanços na negociação, é fundamental que a categoria se mantenha unida e mobilizada na luta por sua própria valorização”, finaliza Cláudia.

 

 

Repasse aos Hospitais x Reajuste aos Trabalhadores

 

Aumentos % 

2008

2009

2010

2011

2012

Repasse aos Hospitais

126,54

63,47

31,46

79,32

75,00

Reajuste SINDIBERF

7,15

5,5

4,76

6,94

6,5

Reajuste SINDIHOSPA

7,32

5,85

6,43

7,68

4,92

Fonte: Fundo Estadual de Saúde e Convenções coletivas – valores nominais foram atualizados pelo INPC de Maio/2013

 

 

Jornalista responsável: Anahi Fros (MTb. 9420)

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