A Central de Atendimento à Mulher recebeu 1.952.001 ligações em pouco mais de cinco anos de existência --entre abril de 2006, quando foi criada, e junho de 2011.
O Ligue 180, como também é chamado o serviço, atende queixas de violência doméstica contra a mulher, além de esclarecer dúvidas sobre a Lei Maria da Penha, que completa cinco anos no dia 7 de agosto.
No período, foram 434.734 atendimentos sobre informações da Lei Maria da Penha (22,3% do total) e 237.271 relatos de violência, de acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres.
Dentre estes últimos, 141.838 (60%) correspondem à violência física; 62.326 (26%), à violência psicológica; 23.456 (10%), à violência moral; 3.780 (1,5%), à violência patrimonial; 4.686 (1,9%), à violência sexual; 1.021 (0,4%), ao cárcere privado; e 164, ao tráfico de mulheres.
No primeiro semestre de 2011, foram 293.708 atendimentos. O número é 14% menor que o do mesmo período de 2010, que registrou 343.063.
PERFIL
Segundo a Secretaria de Políticas para as Mulheres, 40% das mulheres que entraram em contato com o serviço convivem com seu agressor há mais de dez anos --em 72% dos casos, eles são casados com as vítimas.
As denúncias recebidas pelo serviço são feitas na grande maioria (87%) pelas próprias agredidas.
Quase metade das mulheres que ligam para o 180 são pardas (46%). A maior parte (59%) declara não depender financeiramente do agressor.
ESTADOS
A Bahia é o Estado com maior número relativo de ligações para o Ligue 180. De acordo com os dados da Secretaria, foram 224 atendimentos para cada 50 mil mulheres. Sergipe foi o Estado com o segundo maior número de ligações, Pará, o terceiro e Distrito Federal, o quarto.
Em números absolutos, São Paulo é o Estado com maior número de ligações, com 44.499 chamados. Entretanto, o Estado aparece apenas em 16º lugar na comparação relativa.