Retrospectiva de julho mostra conquistas e grandes ações para a categoria dos psicólogos

O mês de julho termina com grandes feitos para a categoria de psicólogas, psicólogos e não menos para a sociedade. E o SinPsi, focado na busca pela democracia universal e participativa, na conquista de direitos e na luta contra todas as formas de discriminação, se orgulha de ter efetiva participação nos acontecimentos que marcaram este mês.

Logo no dia 2 de julho, houve a derrota do PDC 234/11, conhecido como o projeto da “cura gay”. Retirado da pauta da Câmara dos Deputados, o documento propunha suspender a proibição ao tratamento psicológico da homossexualidade, como se esta fosse uma doença. O PL causou indignação geral. O SinPsi foi à Praça Roosevelt, no centro de São Paulo, contra a cura gay, como pode ser visto aqui. Leia também a matéria sobre a derrota do PL, clicando aqui.

Enquanto o PL da Cura Gay era arquivado, o SinPsi organizava atos na Av. Paulista, pelo veto da presidenta Dilma Rousseff a outro Projeto de Lei maléfico não só aos profissionais de psicologia, mas a todos os trabalhadores de saúde: O PL do Ato Médico (268/2002). As ações surtiram efeito e o PL sofreu vetos presidenciais no dia 11 de julho. Veja aqui e aqui os atos promovidos pelo veto do PL do Ato Médico. Eleia aqui sobre os vetos de Dilma.

Agora profissionais de saúde estão mobilizados pela manutenção do veto e o SinPsi convoca a todos para participar das ações em agosto. Saiba mais aqui.

No mesmo dia 11, Dia Nacional de Luta, a CUT, Central a que o SinPsi é filiada, juntou-se às outras centrais sindicais e aos movimentos sociais e reuniu 15 mil pessoas na Av. Paulista, em manifestação unitária. Clique aqui para ler matéria no site da CUT. O SinPsi esteve representado pelo seu presidente, Rogério Giannini:

“Temos pautas urgentes para quem participou desta mobilização. Havia diversos sindicatos, além de lideranças dos sem-terra, dos estudantes e dos movimentos negro, indígena e feminino. A psicologia precisa estar presente em reivindicações de toda a classe trabalhadora”, disse.

Julho também foi o mês de reunir profissionais de diversos países em evento sobre medicalização da infância. Entre os dias 10 e 13, aconteceu o III Seminário Internacional A Educação Medicalizada”, na zona sul de São Paulo. Com o tema “Reconhecer e acolher as diferenças”, o seminário, promovido pelo Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, abordou os problemas da medicalização da vida e das políticas em diversos países. Leia aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui a cobertura completa feita pelo SinPsi.

Houve ação no interior também. A subsede SinPsi Sorocaba mostrou-se atuante, coordenando, no dia 22, o "Encontro no Fórum dos Psicólogos e Psicólogas de Sorocaba e Região do Departamento Regional de Saúde (DRS) XVI”. O objetivo foi conscientizar os psicólogos daquela região sobre as atribuições de um sindicato. Veja aqui como foi o evento.

PL das 30 horas - Com tantas realizações no mesmo mês, a pauta da jornada de trabalho de 30 horas para psicólogos não poderia ficar de fora. No dia 24, o deputado Manoel Junior entregou o parecer favorável ao PL das 30 horas à mesa diretora da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados. O PL 3.338/08 regulamenta a carga horária de psicólogas e psicólogos de todo o país em 30 horas semanais. 

Com o parecer favorável do relator, o PL das 30 horas avança na busca da aprovação na CFT. O deputado vai pedir prioridade na votação assim que o Congresso Nacional voltar do recesso. Conforme o SinPsi já informou, a expectativa é de que a matéria seja votada na primeira quinzena de agosto. Acompanhe pelo hot site das 30 horas.

No mesmo dia 24, o Conselho Federal de Psicologia promoveu debate online sobre o suicídio, problema social e de saúde pública que tira a vida de um milhão de pessoas por ano, em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A transmissão do debate online alcançou 3.787 pontos conectados, ao vivo.Saiba mais aqui.

“Essas e outras conquistas e ações são fruto de psicólogos cada vez mais mobilizados, críticos e criativos em busca de resultados. Agora seguimos na luta pela votação do PL das 30 horas na CFT em agosto. Juntos, somos bem mais fortes”, enfatizou Giannini.

Escrito por Patricia Ferreira