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Governo mineiro quer cobrar do servidores uso do IPSEMG

01/08/2013

Desrespeitando a posição dos sindicatos, governo irá cobrar dos servidores por cada atendimento a partir de 2014

Escrito por: Sindsaúde MG

 

Divulgação

Em reunião do Comitê de Negociação Sindical (Cones) realizada nesta quarta-feira (31), a presidente do Instituto de Previdência dos Servidores de Minas Gerais (Ipsemg), Jomara Alves, afirmou que a gestão irá, a partir de janeiro de 2014, cobrar dos servidores beneficiários por cada procedimento que eles realizarem - além das mensalidades que já são pagas.

 

O Sind-Saúde MG é um dos sindicatos que foi contrário à medida desde que o governo apresentou a proposta, em 2011, e continuou defendendo que o governo aumente a sua parcela de contribuição junto ao Ipsemg e não que penalize ainda mais os servidores. O Cones, mais uma vez, desrespeitou a posição dos servidores e dos sindicatos e encaminhou a decisão sem aceitar a negociação. 

 

Na prática, os servidores estarão "pagando a conta'' pelo fato de o governo de Minas ter sucateado e abandonado o Ipsemg nos últimos anos. A própria presidente do Instituto reforçou que sem a coparticipação o Ipsemg corre um grande risco de ser insustentável. E mesmo com a coparticipação os problemas do Instituto não serão resolvidos. 

 

Os sindicalistas reforçaram a posição contrária com relação à coparticipação e reivindicaram, dentre outros pontos, que o governo aumente a sua contribuição pagando o mesmo tanto que os servidores, que melhore a estrutura de atendimento e que acabe com a terceirzação no Ipsemg. Os dois últimos pontos serão um pouco resolvidos com as reformas que estão sendo realizadas no hospital, com o aumento da rede credenciada e com a realização de concursos públicos (um, para 794 vagas, já está com o edital publicado - apesar do problema de ser de jornada de 40 horas para a enfermagem - e outro, para 50 médicos, será publicado em agosto).

 

Porém, continua sem resposta a reivindicação dos servidores pelo aumento da parcela de contribuição do Estado de 1,6% para 3,2% do salário de cada servidor beneficiário. Além disso, na prática os atendimentos ainda demoram muito e ainda faltam muitas especialidades em várias localidades. E em áreas como limpeza, portaria e outros a terceirização via MGS será mantida.

 

Renato Barros, diretor do Sind-Saúde, ressaltou que o governo, ao determinar que haverá coparticipação no Ipsemg independentemente da posição contrária dos servidores, mais uma vez desrespeita os trabalhadores e os seus representantes. "O Cones, mais uma vez, foi uma instância homologativa, que desrespeitou o posicionamento e as demandas dos sindicatos. Se continuar assim nos desrespeitando, a saúde não mais participará desse Comitê", desabafou.

 

 A gestão, no final das contas, continua comparando o Ipsemg com um plano de saúde qualquer, se esquecendo que ele é um patrimônio dos servidores e que teria que ser gratuito.

 

Veja a tabela de coparticipação proposta pelo Ipsemg:

 

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