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19/06/2013
Descontentes com o anúncio de que o pagamento da data-base será parcelado em quatro vezes, servidores estaduais realizaram uma manifestação no Centro de Goiânia no fim da manhã desta terça-feira (18/6). A mobilização começou na Praça dos Trabalhadores, de onde os manifestantes caminharam até a Praça Cívica, sede do Executivo estadual.
O protesto foi coordenado pelo Fórum em Defesa dos Servidores Públicos Estaduais, composto por: Sintego, Sindjustiça, Sindsaúde, Afego, Sindfisco, Sinpol e outros. Cerca de 400 pessoas estavam presentes portando bandeiras e cartazes exigindo "Data base já!" e protestando contra os investimentos feitos em publicidade pelo governo estadual.
O parcelamento da data base foi anunciado pelo governo estadual na última quinta-feira (13/6) pela Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) e pelo Conselho Estadual de Políticas Salariais e Relações Sindicais (Consind). Segundo nota assinada pelo titular da pasta, Giuseppe Vecci, e pelo Chefe de Gabinete da Governadoria, João Furtado de Mendonça Neto, a decisão de realizar o pagamento foi tomada apesar de o Estado estar “aplicando um rigoroso ajuste fiscal em suas contas, em obediência à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), cortando gastos e racionalizando despesas”.
O índice de 6,20% será pago em quatro parcelas anuais sucessivas, de 1,52% cada. A primeira deve ser quitada na folha salarial de junho retroativamente a maio de 2013. A Segplan afirma ainda que, para viabilizar a concessão da data base deste ano, o Consind recomendou, e o Governador Marconi Perillo (PSDB) decidiu que o Estado deverá economizar, no mínimo, 1,52% no exercício de 2013 por meio da parametrização da folha de pagamentos e da redução de seu crescimento vegetativo.
O governo alegava que teria dificuldades em realizar o pagamento da data base devido a dificuldades financeiras do Estado. O secretário da Fazenda, Simão Cirineu declarava que, caso o repasse fosse efetuado, haveria complicações nas contas estaduais.
Ao Opção Online, a presidente do Sintego, Iêda Leal, afirmou que a data base é apenas um dos pontos de impasse com o governo. Outras questões que precisam ser discutidas, diz, são a realização de concursos públicos, a correção da tabela, a gratificação, a retroatividade do piso, entre outras.
A presidente do Sintego critica também o fato de o governo não ter anunciado a decisão pelo pagamento ao Fórum e de não negociar com os trabalhadores. "O compromisso deles era de que o pagamento seria feito em maio e em parcela única", diz.
Fonte: Jornal Opção
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