SINDPREV fez parte do ato contra o governo de Alagoas

Na segunda manifestação da Jornada de Lutas em Defesa de Alagoas, movimentos sociais, centrais sindicais e a população alagoana em geral participam, na tarde desta sexta-feira (26), de mais um ato, na Praça Deodoro, centro de Maceió, com o objetivo de chamar a atenção no que diz respeito à busca por melhorias, em protesto contra ‘a inércia do poder público’.

O presidente do SINDPREV-AL, Cícero Lourenço destacou a importante participação dos trabalhadores da Seguridade Social no movimento. “Estamos partipando ativamente das atividades, com vistas a denunciar o caos vivido atualmente no serviço público alagoano, particularmente na saúde estadual. Nossos companheiros e companheiras do SINDPREV-AL, da capital e do interior deram uma grande prova de unidade e de luta, participando em massa das manifestações. É assim que estamos mostrando para esse governo que não aceitamos a atual situação de caos na saúde, segurança e educação do Estado. Vamos continuar lutando em prol de Alagoas”, disse o sindicalista.

Os manifestantes, segundo a assessoria de comunicação do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), também realizaram uma passeata pelas ruas do Centro, com o tema “O Estado que temos não é o Estado que queremos”, com direito a batucadas e intervenções culturais, além da presença do presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu.

Os participantes irão reforçar as denúncias que evidenciam o caos vivenciados nos mais diversos setores, como educação, saúde e segurança pública. Os trabalhadores rurais sem terra, por exemplo, tentam sensibilizar o governo estadual quanto à necessidade de se dispensar maior atenção ao homem do campo.

José Roberto Silva, da direção nacional do MST, diz que ‘a Educação não é mais uma pauta apenas do Sinteal [Sindicato dos Trabalhadores em Educação], mas de todos nós’. “Desta forma, também a reforma agrária não é somente uma luta dos camponeses, mas de toda a sociedade alagoana”, analisou.

Ainda de acordo com José Roberto, desde que iniciou sua gestão, ainda em 2007, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) tem demonstrado ‘o caráter truculento de seu projeto para Alagoas, sempre apegado ao benefício das usinas, despejando famílias sem terra em todo Estado’. “Age dissimuladamente frente à mídia, com ataques ao maior sindicato do estado, o mesmo Sinteal”, critica o diretor do MST.

A primeira manifestação, ocorrida no último dia 18, abriu a jornada com mais de seis mil trabalhadores de todas as regiões de Alagoas. Participaram do ato, que saiu da Rua João Pessoa (antiga Rua do Sol) em direção ao Palácio República dos Palmares. “Foi uma clara demonstração de força e unidade da classe trabalhadora”, comentou, na oportunidade, a presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Amélia Fernandes.