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Prédio do INSS apresenta risco iminente de incêndio

02/12/2011

Os funcionários que trabalham no prédio central do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS – em Sergipe, realizaram fuga emergencial depois de um princípio de incêndio .

Escrito por: Jeimy Remir - SINDIPREV/SE

 Os funcionários que trabalham no prédio central do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS – em Sergipe, localizado no centro de Aracaju, realizaram fuga emergencial depois de um princípio de incêndio na manhã dessa terça-feira, 29 de novembro.  No 12º de um edifício de catorze andares, um curto-circuito nos dispositivos elétricos levou à confirmação de que a estrutura física do edifício é precária e apresenta risco elevado de incêndio.

O incidente gerou um momento de pânico nos funcionários que tiveram que descer às pressas os doze andares sem saída de emergência. Só a partir do 2º andar existe estrutura para saídas emergenciais, apresentando escadas mais largas, planas e com corrimão duplo. Nos demais andares, as escadas são em forma de coral, o que impossibilita fuga rápida nas situações de perigo. A Defesa Civil Estadual e o Corpo de Bombeiros fizeram ontem uma vistoria no prédio e confirmaram a urgência de reparação nas instalações. 

De acordo com o engenheiro da Defesa Civil Estadual, José Roberto Oliveira, o prédio não se adéqua ao regulamento de segurança do Corpo de Bombeiros. “ É necessário revitalizar as instalações elétricas porque apresenta risco iminente de incêndio. Além dos curtos-circuitos, preocupa também o desplacamento das pastilhas nas fachadas e dos pisos, gerando problemas até para quem transita pelas calçadas”, esclareceu o engenheiro, informando que a Defesa Civil já finalizou um laudo técnico sobre a estrutura do edifício.

O engenheiro José Roberto entende que, devido às circunstâncias, o INSS precisa tomar uma decisão rápida. “O prédio foi concebido no final dos anos 60 e não está de acordo com as normas exigidas. O INSS precisa se posicionar ou pela recuperação do prédio com suas devidas adequações, o que demandará tempo, ou se transfere os serviços do órgão para outro lugar”, argumentou.

Segundo Isac Oliveira, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado de Sergipe – Sindiprev, já havia conhecimento sobre a situação do prédio, inclusive com solicitações de vistorias. “Ainda no segundo semestre deste ano foi feita uma avaliação técnica que constatou o risco elevado de incêndios no prédio. Aqui tem sobrecarga de aparelhos elétricos, infiltrações na estrutura física, elevadores que não funcionam bem, persianas e tetos danificados”, descreveu o coordenador do sindicato, dizendo que o edifício ainda comporta salas para procuradores da Advocacia Geral da União.

NOVA SEDE

A sugestão para mudança de sede já é uma realidade, mas esbarra na liberação de aditivos por parte da administração geral do INSS de Brasília. Segundo informações do Sindiprev, a proposta é alugar um espaço nas imediações do shopping Jardins para comportar com segurança funcionários e serviços da previdência. No entanto, de R$ 90 mil para o aluguel, atualmente o órgão só possui R$ 40 mil e aguarda a liberação do restante para completar o valor e permanecer no novo espaço.

“O Sindiprev só está aguardando a divulgação dos relatórios para fazer interdição geral do prédio. Não dá para esperar mais pela liberação das verbas do INSS de Brasília. Não podemos ver o mal acontecer e ficar sem fazer nada. Recentemente, a sala de uma agência no bairro Siqueira Campos pegou fogo pelos mesmos motivos do incêndio de ontem. A estrutura do INSS é precária e dificulta a boa prestação de serviços”, disse o Isac Oliveira, indignado com toda essa situação.

O técnico do seguro social Carlos Acácio compartilha da mesma insatisfação. “A segurança do prédio é a mais precária possível. A última reforma foi no início da década de 80. O dia-a-dia de trabalho é difícil. O ar-condicionado não funciona e, por isso, tive até que comprar um ventilador. Em dia de sol forte, fica impossível trabalhar. Como as persianas estão quebradas, a luz forte e o calor esquentam a sala”, comentou o funcionário público concordando que não existem condições satisfatórias de trabalho.

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