Estudo detalhado divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) confirma aquilo que a CUT já sabia: não existem servidores públicos em excesso nas três esferas de poder no Brasil.
Hoje são 630 mil trabalhadores públicos, contra os 600 mil contratados ao longo da década de 1990 - auge da chamada reforma do estado que preconizava a redução brutal do Estado - e ainda distante dos 680 mil que existiam em 1992.
O que houve, portanto, de 2003 a 2010, nos anos Lula, foi uma recomposição dos quadros e, ainda assim, insuficiente, segundo o próprio Ipea. Importante destacar também que o maior crescimento não se deu na estrutura federal, mas sim nos municípios (39,3% contra 30,3%). Nas estatais o crescimento foi “modesto”, na visão do Ipea: 11,5%.
O estudo do Ipea também comprova que os investimentos em pessoal acompanharam o PIB, ou seja, andaram lado a lado com o crescimento econômico, sendo inclusive um dos elementos que estimularam a economia, já que um Estado, para ser indutor do desenvolvimento, precisa de equipes para trabalhar.
Houve inclusive, com relação a 2002, final do governo FHC, uma queda da folha de pessoal em relação ao PIB