Tribunal Superior do Trabalho (TST) julga, nesta terça-feira (11), a partir das 16h, o dissídio coletivo dos funcionários dos Correios, em greve há 28 dias. Ontem, em reunião à noite no TST, os grevistas mantiveram a decisão de não aceitar os termos da proposta apresentada pelo tribunal. A ideia era tentar um acordo antes do julgamento do dissídio.
O relator do processo é o ministro Maurício Godinho Delgado. No último dia 7, a direção dos Correios e os sindicatos que representam os grevistas divergiram sobre os termos de uma negociação para o fim da paralisação.
Os funcionários recusaram a proposta de reajuste linear de 6,87% do salário e dos benefícios, o abono imediato de R$ 800 e aumento real de R$ 60 a partir de janeiro de 2012. As divergências principais estão em torno do desconto dos dias parados.
A proposta é descontar seis dias em 12 parcelas a partir do próximo ano.Os demais dias parados seriam compensados com trabalho extra nos fins de semana e feriados, de acordo com a necessidade da empresa. A proposta não foi aceita pelos servidores, que querem a compensação de todos os dias de greve sem desconto de salário.
A empresa reafirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que aceita a proposta do TST. Se os trabalhadores e os Correios chegaram a um acordo antes do horário do julgamento, é possível suspender o processo.
Por determinação do TST, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) deve manter em atividade o contingente mínimo de 40% dos empregados em cada unidade operacional durante a greve.