Vagner Freitas, Secretário de Finanças da CUT; e Rosane Silva, Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora
No último sábado, dia 3, durante a segunda noite do 4º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, foi realizada uma reforma no estatuto do partido que garante a paridade de gênero, prevendo participação feminina de 50% na composição das direções, delegações, comissões e cargos com funções específicas de secretarias.
Dentre as deliberações, também foi aprovada cotas mínimias de 20% para negros e negras e 20% para jovens - com menos de 30 anos. O critério é transversal, ou seja, uma pessoa que esteja em mais de uma categoria entra para a cota em cada uma delas.
Desta forma, o Partido dos Trabalhadores entra para a história como o primeiro partido político do Brasil a implementar a paridade entre homens e mulheres nos cargos de direção. Um avanço e reconhecimento às guerreiras que ajudaram a construir o partido e que foram fundamentais no processo de redemocratização do país e na eleição da primeira mulher Presidenta da República - Dilma Rousseff, quebrando um paradigma em uma sociedade patriarcal e machista.
A conquista das mulheres petista é uma vitória de todas as mulheres brasileiras. Motivo de orgulho, e que reafirma a representatividade e a importância do sexo feminino em todos os espaços, principalmente, aqueles que antes eram reservados apenas aos homens, como a política.
Em um passado recente as mulheres não tinham assegurados seus direitos. Eram cerceados o acesso a educação, ao mercado de trabalho e até mesmo ao voto. E este cenário só começou a mudar devido à pressão e mobilização das valorosas companheiras que, foram por diversas vezes às ruas protestar por igualdade, mesmo sendo a maioria da sociedade.
A paridade entre homens e mulheres no Partido dos Trabalhadores é uma ação progressista, e fator fundamental para iniciarmos uma mudança de concepção em todas as entidades políticas e principalmente no mercado de trabalho. Pois, infelizmente as mulheres, mesmo tendo mais qualificação que os homens, acabam ganhando até 70%menos para atuar na mesma função, e isto precisa acabar.
O movimento sindical e principalmente a CUT deve seguir o mesmo caminho e, no próximo Congresso Nacional encaminhar proposta para igualdade de gênero na composição da direção, incentivando também nossa juventude e negros (as) que irão ajudar na oxigenação da maior central sindical do país. Só assim iremos avançar no sindicalismo brasileiro e em nossas relações de trabalho rumo a um país justo, igualitárioe socialista.
Parabéns as mulheres do Partido dos Trabalhadores, à juventude e aos afro- descendentes pela importante conquista que precisa servir de exemplo para todos os setores de nossa sociedade.