Funcionários contratados pela SPDM para trabalhar no Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo (ex-Hospital Brigadeiro) estão sendo demitidos por se filiarem ao SindSaúde-SP.
Uma comissão de trabalhadores, junto com o SindSaúde-SP, se reuniu hoje (15) à tarde com a superintendência da SPDM. A administração confirmou a demissão de duas funcionárias e mais dois estão para ser demitidos.
A SPDM disse que vai avaliar o caso e até sexta-feira dará uma resposta ao Sindicato.
A Comissão Sindical de Base do hospital avaliou as demissões como cerceamento à liberdade sindical já que eles se filiaram recentemente ao SindSaúde-SP e têm se destacado pela visão crítica em relação às más condições de trabalho e por isso também sofriam perseguições.
A administração alega falta de “perfil” desses trabalhadores que, no entanto, foram selecionados e contratados diretamente pela entidade segundo seus próprios critérios.
O Governo do Estado terceirizou o hospital em dezembro de 2009, transferindo a administração para a SPDM, uma organização social de saúde, entidade privada, que tem autonomia para, entre outras medidas, contratar pessoal sem concurso público.
A terceirização do Hospital Brigadeiro só foi possível porque em setembro de 2009 o governo do estado aprovou uma lei estendendo a terceirização na saúde, incluindo os hospitais antigos.
Para diminuir as muitas críticas ao projeto e aprová-lo rapidamente, o governo dizia que de todos os hospitais estaduais só o Brigadeiro seria terceirizado para que em curto prazo fosse transformado em um centro de transplantes.
Mas a alta rotatividade de pessoal só aponta para a precarização do trabalho e vai prejudicar ainda mais o atendimento ao usuário em especial no ambulatório