A Secretaria de Estado de Saúde convocou os paulistas entre 1 e 19 anos --um grupo de 12 milhões de pessoas-- para tomar a vacina contra o sarampo até o dia 30 de novembro. A decisão vem após o registro de 55 casos da doença em três Estados do país: Paraíba, Rio Grande do Sul e Pará.
O balanço é de casos registrados até o dia 20 de outubro. O número deve aumentar, porque ainda há cerca de 70 pessoas com suspeita da doença. Desde 2001, o ano com mais casos de sarampo no país foi 2006, com 57.
A secretaria estadual informou que São Paulo não tem casos naturais da doença desde 2000, mas a proximidade das férias --quando muitos jovens devem viajar para outros Estados ou para o exterior-- reforçou a necessidade de prevenção.
Em setembro, a secretaria já tinha divulgado uma recomendação para que os paulistas com viagem marcada para o exterior tomassem a vacina antes de viajar.
A faixa etária de 1 a 19 anos foi escolhida porque as pessoas entre 20 e 39 anos já foram imunizadas contra a doença durante a campanha contra a rubéola, realizada em 2008, quando receberam uma vacina dupla (rubéola e sarampo).
A vacina é oferecida gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, em todos os postos de saúde. Na cidade de São Paulo, o Instituto Pasteur (avenida Paulista, 393) e os terminais rodoviários do Tietê e da Barra Funda também aplicarão as vacinas aos finais de semana e feriados, das 8h às 20h.
Além da tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola, quem comparecer aos postos de saúde também deve receber doses que estejam em atraso na caderneta como, por exemplo, da vacina contra hepatite B.
O sarampo é uma doença infecciosa causada por vírus, de transmissão respiratória e altamente contagiosa. Os principais sintomas são febre alta, tosse intensa, coriza, conjuntivite e exantema (pele com placas ásperas avermelhadas). Em alguns casos, pode levar à morte.