Por: Redação da Rede Brasil Atual
São Paulo - Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), quase metade (48,7%) dos brasileiros considera que a educação no país melhorou. Para 27,2%, não houve mudanças e 24,2% acreditam que a educação pública piorou. A pesquisa faz parte do Sistema de Indicadores da Percepção Social (Sips), que capta a opinião da população sobre políticas e serviços públicos em diversas áreas.
A edição divulgada nesta segunda-feira (28) mostra os resultados para a área de educação. Foram entrevistadas 2.770 pessoas nas cinco regiões do país, de 3 a 19 de novembro de 2010. O questionário continha questões sobres os conselhos escolares, merenda escolar, programa do Livro Didático e o Programa Universidade para Todos (ProUni), entre outras.
O maior índice de aprovação foi na região Centro-Oeste, com 62,9%. A menor foi registrada na Sudeste, com 40% considerando avanços na área, enquanto 36,1% responderam que a educação piorou.
Segundo a pesquisa, esses índices podem ser uma evidência de que foram ampliados os investimentos nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, onde se encontram os piores indicadores educacionais do país.
Merenda Escolar
A pior avaliação sobre a qualidade da merenda oferecida nas escolas brasileiras vem do Norte e do Nordeste. Enquanto na média nacional 59,5% acham que a qualidade dos alimentos servidos é boa, nessas duas regiões a maior parte avalia o serviço como regular: 39,7% no Norte e 47% no Nordeste.
No Sul e no Centro-Oeste, mais de 70% dos entrevistados disseram que a qualidade dos alimentos oferecidos é boa. Sobre a quantidade dos alimentos, mais uma vez a pior avaliação foi feita pelos nortistas e nordestinos: 52,6% e 53,6%, respectivamente, consideraram “pouca” ou “muito pouca” a quantidade oferecida. No Sul , esse percentual é inferior a 15%. Na média nacional, a maioria (67%) avalia como suficiente a quantidade servida nas escolas.
ProUni
Entre os programas específicos na educação abordados pelo Sips, o ProUni é o programa com maior visibilidade social, 61% dos entrevistados afirmaram conhecê-lo. Entre estes, 80% não são bolsistas nem têm parentes ou amigos entre os alunos atendidos pelo programa.
A maioria considera que o número de vagas disponíveis é insuficiente (84,2%), já 15,8% avaliam como suficiente. Para 73,4% o programa deve ser ampliado (73,4%) ou ao menos mantido (24%).
Os critérios utilizados para seleção de candidatos foram considerados regulares por 40% do total de entrevistados que conhecem o programa. Em seguida, aparecem aqueles que os avaliaram como bons (32,7%), enquanto 27,3% afirmaram que os critérios são ruins.
Com informações da Agência Brasil