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SindSaúde SP repudia declarações de Dória

29/01/2019

Em seu programa de entrevistas no Youtube discursou contra a estabilidade dos concursados do setor público

Escrito por: SindSaúde SP

 

O SindSaúde-SP repudia as declarações do atual governador João Dória, quando ainda era prefeito de São Paulo (Agosto, 2017), que em seu programa de entrevistas no Youtube discursou contra a estabilidade dos concursados do setor público. O vídeo que recentemente tem viralizado nas redes sociais e nas unidades de saúde pública traz um trecho da conversa de Dória com a jornalista e deputada federal Joice Hasselmann.


Tanto a deputada quanto o governador demonstraram desconhecimento sobre o setor público, falaram de forma desrespeitosa em relação ao trabalhador concursado e ressaltaram seu viés liberal atacando o sistema público com interesse de entrega-lo para iniciativa privada.
Ao contrário do que Dória disse, o concurso público inibe a corrupção e a entrega de cargos para comtemplar favores políticos. Também contribuiu para que maus políticos não demitam de forma arbitrária trabalhadores que se neguem a descumprir a legislação para atender a interesses do governante.


“Dória: Quer a melhor coisa do mundo que você ganhar um emprego eterno, vitalício?
Joice: Eterno, com a aposentadoria integral do valor, não existe isso!
Dória: Posso usar uma expressão um pouco mais dura, isso é um excrecência. Não podemos imaginar em um país sério, que ainda não somos, alguém ter um emprego eterno porque fez um concurso público. Se eternizou vai trabalhar até se aposentar e quando se aposenta salário integral? Com mais os adicionais que recebeu etc, sem produzir nada, vai até a sua morte continuar a receber tudo”.


Não é verdade que trabalhador público concursado tem um emprego eterno ou vitalício. Constantemente no Diário Oficial de São Paulo, são publicadas exonerações. É importante ressaltar que mesmo após a aprovação no concurso o trabalhador (a) ainda cumpre anos de estágio probatório, passa por avaliações de desempenho e quando necessário é aberto um processo administrativo que pode resultar na demissão do trabalhador (a). 
Atacar os concursos, o funcionalismo e o serviço público na verdade é uma estratégia para entregar os equipamentos da saúde para a iniciativa privada ou para as OSS’s. Infelizmente na área da saúde concursos gerais não são realizados a décadas e isso faz com que o atendimento vire um balcão de negócios para empresas de saúde.


Dória e Joice também atacaram os direitos dos trabalhadores (as), a aposentadoria e a previdência social. Para os dois liberais há um excesso de direitos que deve ser revisto com a Reforma da Previdência.


“Dória: mais de 60% do custo da máquina pública brasileira, chega a 67% são dos aposentados. 67% do que o Brasil arrecada vai para pagar aposentados, que estão em casa 
(...) 

Aproveito para dizer que eu apoio sim a Reforma da Previdência. Não tenho medo de dizer, defendo e se parlamentar fosse, votaria pela aprovação da reforma previdenciária, que espero que volte a ser coloca na pauta do Congresso Nacional”.


A excrecência de João Dória e Joice Hasselmann mostra um total desconhecimento do que é o serviço público e qual o papel do Estado. Também lembramos que o suposto déficit na Previdência é em grande parte oriundo da dívida de empresários, muitas vezes sonegadores, que deixam de pagar grandes montantes. Segundo o relatório da CPI da Previdência, as empresas privadas devem R$ 450 bilhões à previdência e, para piorar a situação, conforme a Procuradoria da Fazenda Nacional, somente R$ 175 bilhões correspondem a débitos recuperáveis. Não é justo que os trabalhadores (as) que sempre pagaram corretamente sua contribuição previdenciária, fiquem com a conta deste suposto déficit. Os argumentos do governador mostram que ele está despreparado ou mal-intencionado. Dória deveria cobrar essa dívida previdenciária de seus amigos da iniciativa privada.


Reiteramos que ao contrário da visão de João Dória, o Estado de São Paulo precisa realizar novos concursos, contratar funcionários e parar sucatear o serviço público. O SindSaúde-SP estará a postos para defender o funcionalismo público e a previdência social. Não aceitaremos que os trabalhadores (as) paguem a dívida dos empresários para atender aos interesses da elite nacional.

 

 

 

 

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