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Presidente do Sindsaúde/SP, Gervásio Foganholi, fala sobre a greve no Estado

07/06/2013

Em entrevista, presidente do sindicato aponta que a intransigência do governo é responsável pela greve que vem penalizando os trabalhadores, suas famílias e toda a população do Estado

Escrito por: CNTSS/CUT / Sindsaúde/SP

 

Em entrevista concedida na última quinta-feira, 06/06, Gervásio Foganholi, presidente do Sindsaúde/SP – Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo, fala sobre a greve dos servidores  e o motivo que levou a ocupação do Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, desde o último dia 04/06.

Para Foganholi, a falta de diálogo por parte do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, é a grande causa da greve, que teve início em 01 de maio, e também do processo de ocupação da Alesp.  “A postura autoritária do governador está penalizando os trabalhadores, suas famílias e toda a sociedade”, afirma.

O Sindicato apresentou proposta de negociação em março e não recebeu nenhuma resposta por parte do governo estadual.  Tem procurado abrir um canal de negociação com o governo, insistindo na realização de reuniões com representantes das secretarias estaduais da Saúde e de Gestão Pública. Como forma de pressionar, o próprio presidente do SindSaúde-SP entregou em mãos do governador Alckmin, em 15/05, a pauta e solicitou abertura de negociação.

Neste período os trabalhadores não deixaram de dialogar com a sociedade. O Sindicato buscou apoio dos parlamentares da Assembleia Legislativa de São Paulo, conselhos de saúde estadual e municipais de diversas cidades paulistas bem como entidades e movimentos ligados à saúde.

A CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social tem acompanhado de perto a luta dos servidores e manifestando seu apoio irrestrito aos trabalhadores e à direção Sindical. Na última quarta-feira, 05, o presidente da  Confederação, Sandro César,  enviou ofício ao governador Geraldo Alckmin reiterando seu apoio aos trabalhadores em greve e solicitando que seu governo abra as negociações sobre a pauta de reivindicação da categoria.  O conteúdo do documento também foi enviado para a imprensa .

A CUT Nacional, por meio de seu presidente nacional, Vagner Freitas, havia agendado uma reunião como secretário de Estado da Casa Civil, Edson Aparecido, para esta sexta-fera, 07, porém foi comunicado que o encontro seria adiado para segunda-feira, 10/06.

Desta forma, os trabalhadores mantiveram sua posição de lutar por seus direitos e declararam a manutenção da greve. Com as palavras de ordem “A greve continua. Geraldo, a culpa é sua!” e “A greve continua. Governador, a culpa é sua!”, os trabalhadores demonstraram mais uma vez que a falta de diálogo do governo é a grande culpada pela greve e pelos transtornos causados à população do Estado de São Paulo.

Leia a integra do texto apresentado pelo SindSaúde sobre a continuidade da greve.

Trabalhadores estaduais da saúde de São Paulo, em greve desde 1º de maio, decidiram ocupar a Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), 04/06, para pressionar e garantir negociação salarial e encaminhamento de projeto para votação no legislativo.

O SindSaúde-SP, representante dos trabalhadores, entregou a pauta em março. Já se reuniu com representantes das secretarias estaduais da Saúde e de Gestão Pública. O presidente do SindSaúde-SP entregou em mãos do governador Alckmin, dia 15/05, a pauta e solicitou abertura de negociação. Também buscou apoio dos parlamentares da Assembleia Legislativa de São Paulo, conselhos de saúde estadual e municipais de diversas cidades paulistas bem como entidades e movimentos ligados à saúde.

No 23º dia de greve, o secretário de estado da Saúde, Giovanni Cerri, apresentou uma proposta do governo para regulamentar a jornada dos administrativos. Embora seja uma proposta que não atende à reivindicação da categoria, o SindSaúde-SP está disposto a negociar com o governo para buscar solução definitiva. Além disso, a jornada é um ponto pendente da campanha salarial 2012 e até o momento o governo do estado não apresentou proposta salarial.

Na última assembleia, 05/06, os trabalhadores deliberaram continuidade da greve e da ocupação da Alesp, até o governo Alckmin apresentar proposta salarial. Na semana, o SindSaúde-SP se reuniu novamente com representantes das secretarias da Saúde e de Gestão Pública.

A greve, a ocupação e a negociação continuam.

PAUTA de Reivindicações

Reposição de perdas salariais de 32,2%

Vale refeição de R$ 26,22

Prêmio de Incentivo igual para todos e transparência no uso da verba FUNDES

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