SINTFESP-GO/TO cobra posicionamento do INSS para manutenção do Turno Estendido na ADJ

Na última segunda-feira, 6 de maio, a diretora de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência (SINTFESP-GO/TO), Terezinha de Jesus Aguiar, se reuniu com o Gerente Executivo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Goiânia, Ailto Batista Machado, para discutir a manutenção do turno estendido na Agência de Atendimento de Demandas Judiciais (ADJ) de Goiânia.

A reunião foi solicitada em decorrência da lista divulgada pela Procuradoria Federal Especializada, junto ao INSS, na última semana, que incluía a ADJ de Goiânia nas 11 Agências ligadas às Gerências Executivas do órgão, que poderão ser excluídas do Turno Estendido. Terezinha deu início à reunião com um breve relato sobre a discussão travada no Grupo de Trabalho do Turno Estendido, que propôs a realização de um levantamento e estudo técnico para avaliar a situação, antes de qualquer definição e encaminhamento da Direção do INSS.

Para a diretora, a agência só deverá perder o turno ininterrupto se ficar comprovada a falha do servidor. Por outro lado, na opinião de Terezinha, se fossem detectadas dificuldades em decorrência das condições de trabalho, por exemplo, o certo seria responsabilizar a Direção do INSS e não penalizar os servidores com a perda do turno estendido.
 

“A Procuradoria apresentou a lista de ADJs sem apresentar os critérios de exclusão ou qualquer justificativa sobre a possível retirada das agências do turno estendido. Esse documento deveria ter passado pelo GT antes de ser divulgado, mas isso foi desconsiderado. Lembrando que entre as 112 ADJs do Brasil, Goiânia está em sexto lugar em benefícios implantados, além de uma série de outros serviços de excelência coordenados pelos servidores”, reiterou.

Manutenção do turno estendido

Diante disso, a diretora questionou o Gerente Executivo do INSS em Goiânia sobre como o órgão pretende lidar com tudo isso e o que será feito para garantir a manutenção do turno estendido na ADJ Goiânia. Ailto assumiu que existem pontos a serem reformulados, mas reiterou que o turno estendido é um instrumento de gestão que ainda está em fase de gestação e que, por isso, não há como afirmar que está dando errado.
 

“A medida foi criada para melhorar o atendimento. Os pontos positivos são muito maiores do que os negativos, contudo, cada agência e servidor devem fazer sua parte e cumprir o combinado para que o turno ininterrupto seja mantido. A ADJ de Goiânia é uma das mais produtivas do país. Estamos trabalhando para garantir que esse instrumento cumpre o seu objetivo. Não podemos permitir que os que mais trabalham sejam sacrificados" reforçou.
 

Servidores da ADJ Goiânia também estiveram presentes na ocasião, relatando a sobrecarga de trabalho decorrente do aumento do número de juizados, os retrabalhos ocasionados pela falta da utilização do sistema pela procuradoria e, ainda, suas condições de trabalho. “Se não tivermos pelo menos o turno estendido como benefício, não teremos motivação pra assumir tanta responsabilidade”, ressaltaram.