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Darcy Vargas: médicos decidem continuar greve e carta é distribuída à população

22/06/2012

A categoria continuará de braços cruzados até que o governo oficialize suas intenções em resolver os problemas do hospital.

Escrito por: Simesp

 

A assembleia dos médicos do hospital infantil Darcy Vargas, realizada na quinta-feira, 21 de junho, decidiu pela continuidade da greve, iniciada dia 4 de junho. Na realidade, o movimento grevista teve início em maio, quando os médicos optaram por uma paralisação escalonada, uma vez por semana.

A categoria continuará de braços cruzados até que o governo oficialize suas intenções em resolver os problemas do hospital. Uma comissão de médicos do Darcy esteve reunida com o secretário estadual da Saúde, Giovanni Guido Cerri, no dia 6 de junho. Segundo representantes desta comissão, o secretário teria se comprometido pessoalmente a se empenhar para enviar o Plano de Carreira à Assembleia Legislativa de São Paulo até o dia 15 passado. Cerri também teria se comprometido a resolver os problemas estruturais e de falta de materiais, tendo solicitado ao gestor levantamento das necessidades do hospital.

Informação à população

Uma carta aberta está sendo distribuída à população para explicar os problemas enfrentados pelo hospital, que vão além de reajuste salarial. Hoje, os médicos ganham R$ 655,20 por 20 horas semanais. A luta dos profissionais é também para manter o Hospital, referência em atendimento terciário, de alta complexidade, com reconhecidos centros de referências na área de Oncologia, Nefrologia, Cirurgia, Endocrinologia pediátricas, entre outros.

Não há médicos suficientes para atender no pronto-socorro - colegas de outras especialidades, não capacitados para a função, são convocados para preencher a escala de plantão. Sobram leitos de UTI por falta de profissionais para atender. Cirurgias são adiadas por falta de anestesistas. Os concursos públicos não conseguem atrair profissionais, já que os salários são irrisórios. Além disso, os que se mantêm no quadro, enfrentam uma triste realidade: faltam até materiais básicos, como abaixadores de língua e curativos; aparelhos de pressão têm de ser rodiziados. A estrutura do hospital e os equipamentos estão deteriorados e defasados.

 

 

 

     
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