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Grito de Alerta em Defesa da Produção e do Emprego reúne 90 mil pessoas na Alesp

05/04/2012

Cerca de 90 mil militantes, dirigentes, estudantes e empresários participaram do ato em defesa do emprego e da produção no pátio na manhã de quarta, dia 4 de abril, na ALESP

Escrito por: Viviane Barbosa, editora do Portal da FEM-CUT/SP

Ato na Alesp - Artur

Lideranças partidárias petistas, como os deputados federal, Vicente Paulo da Silva (Vicentinho), estaduais, Carlos Grana e Luiz Cláudio Marcolino, os presidentes da FEM-CUT/SP, Valmir Marques (Biro Biro) da CUT/SP, Adi dos Santos Lima, da CUT Nacional, Artur Henrique e dirigentes e presidentes dos sindicatos metalúrgicos filiados também participaram do ato.  


Nos discursos, sindicalistas e empresários abordaram  a importância da redução dos juros, o controle do câmbio e elogiaram as medidas anunciadas pela presidenta Dilma, na terça, nas quais frearão o aumento das importações desenfreadas, valorizando a indústria nacional. “Hoje é um grito de alerta. Estamos pondo em risco a indústria de transformação, que é o maior patrimônio que o Brasil tem. A indústria de transformação está em risco por causa das distorções conjunturais e não compete à indústria nem aos trabalhadores resolver essas questões”, destacou o presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.


De acordo com o representante dos industriais, o Brasil precisa entrar na “guerra cambial” feita por outros países. “Eles estão fazendo guerra cambial, eles têm suas moedas desvalorizadas para aumentar a sua competitividade. Tem que resolver isso”, defendeu Skaf. Ele também cobrou redução do preço da energia e dospread bancário, a diferença entre a taxa de captação de recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes.


Para o presidente da CUT, Artur Henrique, o governo federal está dando sinais de que está fazendo a parte dele, ao destacar as medidas em defesa da indústria, que estimularão a economia. "Todos os Estados deveriam seguir o mesmo exemplo. Também é fundamental que o governo federal faça as reformas necessárias, como a tributária. Hoje, quem ganha mais paga menos impostos, já quem ganha menos paga mais. Temos que mudar esta ótica e acabar com injustiça", explicou.


Artur cobrou a participação dos governos estaduais e municipais e do setor empresarial no incentivo à produção e ao emprego. “Nós temos clareza de que esse é um ato importante em defesa da produção e do emprego, mas não podemos deixar de colocar, em um momento como esse, que apesar das medidas apontadas na terça, que vão no sentido de fortalecer a indústria, agora é preciso que os governos estaduais assumam o seu papel nas medidas que devem ser tomadas no âmbito do Estado”, acrescentou.

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