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21/03/2012
A paralisação de 48 horas, dias 21 e 22 de março, foi deliberação dos trabalhadores em assembleia no dia 15 de março para pressionar o governo do estado a negociar a pauta de reivindicações.
A data-base da categoria é 1º de março. Desde que a lei foi aprovada em 2006, a data não tem sido respeitada pelo governo do estado.
O SindSaúde-SP, como representante dos trabalhadores públicos da saúde no estado de São Paulo, encaminhou a pauta ao governo e até o momento não recebeu nenhuma proposta concreta.
Além disso, parte dos trabalhadores está sofrendo cortes de direitos, como no adicional de insalubridade e no vale refeição. Também sofre pressão para o cumprimento de jornada de 40 horas.
A jornada de 30 horas foi acordada com o governo do estado na década de 90, faltando regulamentar a jornada para a área administrativa da saúde.
O governo, representado pelos secretários de Gestão Pública, Davi Zaia, e da Saúde, Giovanni Cerri, pelo secretário adjunto da Saúde, José Manoel de Camargo Teixeira, e pelo coordenador de Recursos Humanos da Saúde, Haino Burmester, convocou reunião com o SindSaúde-SP ontem à tarde para tratar da paralisação e apresentar um compromisso de negociar alguns pontos da pauta.
A proposta do governo é instituir um grupo de trabalho, com a participação do SindSaúde-SP e prazo de 15 dias para apresentar solução, sobre a regulamentação da jornada de 30 horas, o adicional de insalubridade e a implementação da 1ª promoção de 40% da categoria, conforme definida na reestruturação da carreira (LC 1.157) aprovada em 2011.
A lei da reestruturação da carreira também prevê reajuste salarial de 7% a partir de julho de 2012. Os trabalhadores avaliaram o percentual insuficiente e reivindicam aumento salarial de 26%. O índice é o mesmo da campanha salarial do ano passado, tendo em vista que a carreira foi reestruturada, mas não houve aumento salarial.
O SindSaúde-SP solicitou que a proposta seja apresentada por escrito e também publicada em Diário Oficial. O Governo ficou de dar resposta até quinta-feira, 22/03.
No dia 23 de março, os trabalhadores realizarão nova assembleia para avaliar a paralisação e o andamento das negociações com o governo e deliberar os próximos passos da Campanha Salarial, inclusive a greve por tempo indeterminado.
Para organizar a paralisação, os trabalhadores estão realizando assembleias locais e distribuindo carta aberta à população. Entre as unidades que já confirmaram adesão à paralisação estão:
Na Capital,
CAISM Água Funda; CAPS Brasilândia; Conjunto Hospitalar do Mandaqui; CRT Aids; DPME; Hospital Brigadeiro; Hospital Cachoeirinha; Hospital Darcy Vargas; Hospital Heliópolis; Hospital Ipiranga; Hospital Leonor Mendes de Barros; Hospital Penteado; Iamspe; Pam Várzea do Carmo e diversas unidades básicas.
Na Grande São Paulo e Interior:
Conjunto Hospitalar de Sorocaba; Hospital Arnaldo Pezzuti (Mogi das Cruzes); Hospital das Clínicas de Suzano; Hospital Padre Bento (Guarulhos); Hospital Regional de Assis; Hospital Regional de Osasco. Também haverá paralisação em unidades das regiões de Araraquara, Campinas, Presidente Prudente.
Em todas as unidades paralisadas, haverá atos e atividades para divulgar a campanha salarial e dialogar com a população, denunciando o descaso do governo do estado com a saúde.
Estão na nossa pauta de reivindicações: aumento salarial de 26%; aumento do vale refeição de R$ 4,00 para R$ 25,00; regulamentação da jornada de 30 horas para todos da saúde; aumento do prêmio de incentivo; aposentadoria especial; concurso público; revisão da lei complementar 1.080.
Paralisação de 48 horas
Dias 21 e 22 de março
Assembleia
23 de março – 10 horas – Quadra dos Bancários
Rua Tabatinguera, 192 – Centro/São Paulo (Metrô Sé)
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