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Encontro de Mulheres na FEESSERS foi sucesso de público

13/03/2012

O evento, que teve como tema Condições Femininas no Trabalho com a Saúde lotou o auditório da FEESSERS no dia 08 de março.

Escrito por: FEESSERS -Rosa Pitsch

 

Seis palestrantes se revezaram diante da plenária do I Encontro Estadual das Mulheres Trabalhadoras da Saúde do RS analisando os resultados da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (Terezinha Perissinotto – SINDISAÚDE Passo Fundo), fazendo uma Recuperação Histórica da Exploração da Mulher (Clair Castilhos – Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos ) e O Sofrimento Psíquico causado Pelo Assédio Moral (Elisabeth Mazeron Machado – Conselho Regional de Psicologia).

Organizado pelo Comitê de Assuntos de Juventude, Gênero, Raça e Diversidade Sexual da FEESSERS, o seminário também debateu A Igualdade de Oportunidades na Vida, no Trabalho e na Vida Sindical (Mara Feltes – CUT-RS), assim como apresentou a pesquisa O Perfil do Trabalhador da Saúde (SINDISAÚDE Passo Fundo / Universidade de Passo Fundo.

Ao abrir o Encontro, a Coordenadora do Comitê da Diversidade, Elaine Oliveira, disse que as mulheres brasileiras conquistaram espaços importantes na Constituição de 1988 no que diz respeito às políticas públicas. “Em relação ao trabalho, no entanto, os avanços esbarram no preconceito, na discriminação e no machismo do ambiente de trabalho.”

Terezinha Perissinoto lembrou a figura de Margarida Maria Alves, a trabalhadora rural assassinada por jagunços em 1983 diante de sua família. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, ela incomodava os usineiros em sua defesa dos trabalhadores sem terra.   

“Apenas em 1946 o voto feminino passou a ser obrigatório também para as mulheres no Brasil. Um dos pilares da luta feminina por seus direitos, ele foi consolidado no Código Eleitoral de 1934.” Ao lembrar estes marcos históricos, Clair Castilhos disse que em 34 foram retiradas as exigências do Código Eleitoral Provisório de 1932, que só permitira o voto feminino para as casadas com o aval do marido ou as viúvas e solteiras com renda própria. Um dado importante trazido pela conferencista: no Brasil, atuam 555 mil mulheres e 103 mil homens na função de técnicos de enfermagem.

Representando a Assembléia, o deputado Alexandre Lindenmeyer colocou-se à disposição das mulheres da categoria no Legislativo estadual “para batalhar por melhores condições de trabalho e creches nos hospitais e para melhorar o piso salarial da faixa que inclui os trabalhadores da saúde.” Ele disse que a data era importante para fazer uma reflexão e debate sobre o espaço ocupado pelas mulheres: “na Assembléia, elas são apenas sete entre os 55 parlamentares.”

No final da manhã, os integrantes do Comitê distribuíram a cartilha Mulher na Saúde: Construindo a Igualdade entre os participantes do evento, que resgata o papel da mulher no sindicalismo e que mostra que traça as principais diretrizes a serem traçadas na busca pelos direitos das trabalhadoras da saúde.   

Falando sobre a campanha Igualdade de Oportunidades desenvolvida pela CUT, Mara Feltes explicou que o seu eixo central é a luta pela ampliação do acesso às creches públicas e pelo compartilhamento entre homens, mulheres e pelo Estado pela responsabilidade com o trabalho reprodutivo e de cuidado com a vida humana.

As estudantes de psicologia da Universidade de Passo Fundo, Susana Savi, Diane Diehl e Gabriela Desordi apresentaram os resultados de uma pesquisa realizada no Sindicato de Passo Fundo. Entre outras coisas, o estudo, que investigou os(as) trabalhadores(as) da junho e agosto a novembro de 2011, aponta que 16% deles são homens, contra 84% de mulheres e que 28% são técnicos de enfermagem, 30% tem ensino médio, 28% tem curso superior e 14% tem ensino fundamental. 

“De que adiante estar num ambiente, onde se busca a saúde, promovendo a doença dos trabalhadores?”. A pergunta foi formulada pela psicóloga Elisabeth Mazeron Machado, referindo-se às administrações dos hospitais. Em sua palestra, ela afirmou que na saúde as situações de violência por assédio moral são constatadas em todos os níveis. Nos setores público e privado. Segundo ela, o diagnóstico clínico de sofrimento psicológico decorrente destas situações é extremamente difícil de ser realizado.

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