Os médicos-assistentes do HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto voltaram ao trabalho nesta segunda-feira (23), depois que o Tribunal Regional do Trabalho disponibilizou o acórdão sobre o julgamento do dissídio trabalhista do movimento, na sexta-feira (20), e que terminou com a greve dos profissionais. Os médicos permaneceram em greve por 168 dias. A maior parte dos grevistas já havia voltado às atividades desde o dia 14 de dezembro.
A informação foi divulgada na sexta-feira pelo médico Ulysses Strogoff, diretor adjunto do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo) e um dos líderes do movimento grevista.
Segundo Strogoff, a situação atual do HC é pior do que no início da greve e cita como exemplo o centro cirúrgico, que começou 2012 com 40% das salas fechadas por falta de anestesiologistas. Ele informou, também, que não descarta uma nova greve se o governo estadual não melhorar as condições de trabalho dos médicos.
Os médicos-assistentes reivindicavam uma equiparação salarial com os médicos da Mater e do Hospital Estadual (HE) de Ribeirão Preto, que não foi atendida. Os profissionais da Mater e do HE recebem, atualmente, R$ 6,9 mil por 24 horas semanais. Já os médicos do HC recebem R$ 2,9 mil pela mesma jornada.
No dia 5 de dezembro, os médicos assistentes fizeram uma proposta à superintendência do HC, no qual aceitavam acabar com o movimento desde que as horas descontadas no período de greve fossem reembolsadas e pediram, também, a suspensão da portaria que criava uma sindicância do comportamento dos médicos grevistas.
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