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Todo dia, lotação e pressa deixam 3 feridos nos trens

05/12/2011

O número de machucados graves, que dão origem a inquéritos por lesão corporal culposa (quando não há intenção), mais do que dobrou em outubro em relação ao mês anterior, segundo registros da Secretari

Escrito por: Por Tiago Dantas - Jornal da Tarde

Todos os dias, pelo menos três pessoas se machucam na capital dentro de estações ou vagões do Metrô e da CPTM, segundo informações da Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom). Os acidentes estão relacionados ao excesso de passageiros transportados pelo sistema, ao corre-corre, pressa e até mesmo distração das pessoas, dizem especialistas.



O número de machucados graves, que dão origem a inquéritos por lesão corporal culposa (quando não há intenção), mais do que dobrou em outubro em relação ao mês anterior, segundo registros da Secretaria Estadual da Segurança Pública. Foram 36 casos, contra 15 em setembro. A média é de 11 ocorrências por mês.

A maior parte das vítimas é idosa, segundo o delegado Valdir Rosa. “As pessoas de mais idade ou com algum tipo de deficiência acabam se machucando mais porque têm dificuldade para se locomover, embarcar e desembarcar”, afirma o policial. Mas nem o Metrô nem a polícia são informados de todos os acidentes.

A aposentada Maria Eugênia Teixeira, de 71 anos, por exemplo, torceu o pé em agosto após sofrer um empurrão quando tentava embarcar na Estação Ana Rosa e achou melhor não falar para ninguém. “Foi um acidente simples, que poderia ter acontecido na rua ou no mercado”, afirma. “O problema é que o povo é mal educado. Não dão o assento para o idoso e querem passar por cima da gente.”

Para se proteger quando viaja em transportes de massa, o idoso pode andar com um acompanhante e sempre pedir para utilizar o assento preferencial, diz a geriatra Fania Santos, chefe da unidade ambulatorial de geriatria e gerontologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo ela, é importante utilizar o calçado adequado e evitar movimentos bruscos. “É melhor perder o trem ou a estação.”

Circulação
Nem todas as vítimas de acidentes no Metrô e na CPTM, porém, são idosos. O gerente comercial Carlos Roberto Maduro, de 31 anos, ficou com o pé direito preso no vão da plataforma dois anos atrás, ao tentar sair de uma composição da CPTM na Estação Prefeito Saladino, em Santo André, ABC. “Me distraí e acabei ficando com o pé preso. Não foi nada grave, mas doeu demais”, lembra Maduro, que, diz, passou a prestar mais atenção ao entrar e sair do trem.

A solução para evitar trombadas, empurrões e outros problemas desse tipo depende de medidas que orientem a circulação dos passageiros, segundo o consultor em transportes Peter Alouche. O risco de acidentes na plataforma de embarque poderia cair, segundo ele, com a instalação de portas de plataformas, como aquelas existentes na Linha 4-Amarela. Alouche defende também o uso de gradis e faixas que limitem o espaço onde as pessoas podem andar e a melhoria na comunicação visual.

“Isso pode ajudar a diminuir o problema. A solução definitiva só virá quando a rede tiver mais estações, já planejadas para um grande fluxo de passageiros”, afirma o consultor. O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo, concorda com Alouche. “A superlotação do nosso sistema acarreta vários problemas, como esses acidentes. Por isso, é preciso investir pesado no metrô e na ferrovia. Só colocar mais seguranças não vai resolver.”

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