Escrito por: Sindsaúde SP
Categoria irá deliberar se greve será por tempo indeterminado dependendo dos rumos da negociação com o governo do estado
Profissionais da saúde de todo o estado deliberaram por estado de greve e paralisação de 48 horas a partir do dia 16 de julho, em Assembleia Geral realizada em frente à Secretaria de Estado da Saúde (SES), na capital. A atividade, realizada na última sexta-feira (27), foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP) e cobrou que o governo do Estado de São Paulo atenda à pauta da Campanha Salarial e interrompa o processo de privatização dos hospitais.
Durante a assembleia, o sindicato também definiu a constituição de um comando de greve estadual, composto por profissionais da saúde de cada uma das unidades, inclusive aquelas que já passaram pelo processo de privatização, mas que ainda contam com trabalhadores públicos na linha de frente.
Até o início da paralisação, o sindicato irá protocolar ofícios comunicando a suspensão das atividades e espera que o governo estadual apresente uma proposta em reunião agendada com o secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lima, no próximo dia 14.
"Vamos cobrar uma resposta do governo, que recebeu a pauta em fevereiro e, até o momento, não apresentou nenhuma contraproposta. A partir dessa reunião, será definido o rumo da nossa greve, que poderá seguir por tempo indeterminado", explicou o presidente do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi.
Foganholi encerrou o ato dialogando com a categoria sobre a necessidade de elevar o tom nas tratativas com o governo. “O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não atendeu às reivindicações da categoria. É inadmissível que o estado mais rico do país deixe alguns trabalhadores da saúde sem nenhum reajuste, pague apenas R$ 12 de vale-alimentação por dia útil trabalhado e siga privatizando todo o sistema público de saúde”, criticou.
Segundo o presidente, a falta de compromisso de Tarcísio de Freitas (Republicanos) com a saúde pública atingiu um patamar insustentável. Ele avalia que somente a mobilização será capaz de reverter o modelo de venda do patrimônio público e a tentativa de destruição do Sistema Único de Saúde (SUS).
Entre as principais pautas da categoria estão:
Greve Todos(as) os(as) profissionais representados pelo SindSaúde-SP podem entrar greve. Conforme levantamento da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no SindSaúde-SP, em todo o estado, são mais de 50 mil profissionais das diversas categorias, como médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, motoristas, oficiais de saúde, oficiais administrativos, entre outras profissões e funções, que são:
Ato Contra as Privatizações
Ao término da assembleia, os manifestantes seguiram em marcha para o Ato Unificado Contra as Privatizações, pela Avenida Dr. Arnaldo, em direção à Avenida Paulista, onde fecharam completamente a via até chegar em frente ao Masp, quando o trânsito voltou a ser liberado.
O Ato Contra as Privatizações foi organizado pelo Macrossetor dos Serviços Públicos da CUT-SP, em parceria com outras centrais sindicais, como a CTB, Intersindical, Pública, Força Sindical, além de movimentos sociais que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
“Esse ato unificado será o pontapé inicial de uma série de ações do conjunto de sindicatos do funcionalismo cutista, que integram uma campanha contra as privatizações e terceirizações em curso no estado de São Paulo, promovidas pelo governo Tarcísio”, afirmou Foganholi.
Durante o ato na Paulista, a greve do SindSaúde-SP recebeu apoio da CUTSP, do Sindicato dos Metroviários, da APEOESP, do Sindicato dos Médicos de São Paulo, e
ntre outros sindicatos presentes.
27 de junho de 2025
Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP)
O SindSaúde-SP é uma entidade com 36 anos de existência, que representa as trabalhadoras e os trabalhadores da saúde pública vinculados ao Governo do Estado de São Paulo, sejam estatutários ou contratados via Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como os profissionais das autarquias, fundações ou institutos.
Nádia Machado
Assessora de Imprensa do SindSaúde-SP
Celular e WhatsApp: (11) 99496-5975 / (11) 98747-5726
E-mail: nadia.machado@sindsaudesp.org.br