CNTSS > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUES > CNTSS/CUT PARTICIPA DE ENCONTRO COM MULHERES SINDICALISTAS PROMOVIDO PELA SECRETARIA DE MULHERES DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
09/09/2014
A SPM - Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República realizou na segunda-feira, 08/09, em São Paulo, o Encontro com Mulheres Sindicalistas “Diálogos sobre o Mundo do Trabalho: Desafios para a Autonomia Econômica das Mulheres”. A CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social esteve representada por sua secretária de Mulheres, Maria Aparecida Faria; secretária Geral, Célia Regina Costa; e por Maria Júlia Reis Nogueira, da Direção Executiva da Confederação.
O Encontro aconteceu a partir de dois painéis. O primeiro trouxe o tema “A política de Salário Mínimo e o Rendimento das Mulheres” e foi apresentado pelo professor titular do Instituto de Economia da Unicamp – Universidade de Campinas, Cláudio Salvador Dedecca. O trabalho foi intermediado pela secretária de Políticas para Mulheres da presidência da República, Tatau Godinho. O outro painel trouxe a temática “Informalidade: Dilema para o Trabalho das Mulheres”. Coordenado por Simone Schaffer, o tema foi apresentado por Patrícia Pelatieri, economista e diretora do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, e debatido por Maria Júlia do Reis Nogueira, também secretária de Combate ao Racismo da CUT Nacional, e por Maria Auxiiadora, da Força Sindical.
Para a secretária de Mulheres da CNTSS/CUT, o encontro aconteceu em um momento oportuno quando todos nos trabalhadores (as) estão preocupados com a continuidade da política nacional de salário mínimo a partir de 2015. “É indiscutível, mesmo em patamares que ficou ainda a desejar, a recuperação salarial obtida neste último período graças à política de salário mínimo. Isto garantiu que homens e mulheres de todos os cantos do país, no campo e na cidade, tivessem acesso à base da pirâmide social. Hoje o salário mínimo é referência para todo e qualquer trabalhador no Brasil. E é na base da pirâmide que podemos verificar a igualdade de remuneração. O nosso desafio é dar continuidade a esta recuperação do valor do salário mínimo e garantir o avanço com igualdade também nas demais faixas da pirâmide social. O MTE – Ministério do Trabalho e Emprego tem um papel estratégico e protagonista na proteção da legislação trabalhista e na política do salário mínimo”, afirma.
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Tatau Godinho, secretária do SPM, vê na realização destes encontros um momento rico para o debate e para a defesa das políticas de geração e distribuição de renda. “Estamos avaliando a política de salário mínimo. Vemos que ela foi, é e será um dos principais instrumentos para melhorar as condições de trabalho das mulheres. É importante este debate sobre a renovação desta política. Acreditamos que ela precisa cada vez mais ser vinculada a outras políticas de inserção e qualificação das mulheres no mercado de trabalho. Sabemos que não responde a todos os problemas, mas, com certeza, é uma coluna importante para reverter esta desigualdade entre homens e mulheres”, afirma.
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O professor da Unicamp, Cláudio Salvador Dedecca,também vê a função da política de salário mínimo como forma de contribuir para que os trabalhadores de menor classificação e organização se beneficiem do crescimento do país passando a ter uma remuneração adequada. O professor destaca os desafios que serão enfrentados. “Os desafios são complexos e difíceis. Temos que crescer e garantir a redução da desigualdade. Para isto, precisamos criar empregos e gerar renda. Precisamos ter um padrão de desenvolvimento com redução da desigualdade. Neste sentido, a questão de gênero também é fundamental. Parte da desigualdade da sociedade se expressa na desigualdade entre homens e mulheres”, conclui.
José Carlos Araújo - Assessoria de Imprensa CNTSS/CUT
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