CNTSS > ARTIGOS > PAIS QUE NÃO VACINAM SEUS FILHOS DEVERIAM RESPONDER À JUSTIÇA
28/01/2022
Os meios de comunicação estão mostrando que a pandemia está avançando no país, consequência do alto teor de contágio da variante ômicron. Hospitais, prontos-socorros e demais unidades de Saúde, sejam públicas ou privadas, comprovam essa afirmação ao registrarem aumento de atendimentos e internações. Nesses registros estão incluídas as crianças.
Essa situação reforça a necessidade da vacinação infantil o quanto antes. Desde o início da pandemia, o SindSaúde ABC manifestou irrestrito apoio à vacinação de toda a população, e reafirma esse apoio agora, quando a vacina pediátrica está disponível, por entender que essa é uma forma eficaz de reduzir os casos graves e mortes por Covid-19.
É bom lembrar que as vacinas já extinguiram várias doenças graves no Brasil, como o sarampo e a poliomielite. Portanto, é injustificável deixar que crianças morram de doenças para as quais já existe vacina.
Pais que não querem vacinar seus filhos sem que haja comprovação médica devem ser denunciados ao Conselho Tutelar, já que, juridicamente, a criança não pode decidir sobre sua vida, e até mesmo serem enquadrados por crime, ou ficarem sujeitos a multa.
Milhares de crianças já morreram de Covid-19 desde o começo da pandemia. E o governo Bolsonaro, da mesma forma que agiu em 2020, fez de tudo, primeiro para impedir, e depois, ao não conseguir esse objetivo, para adiar o início da vacinação infantil.
Os profissionais da Saúde estão trabalhando no limite da exaustão e não é justo enfrentarem o aumento de demanda por essa irresponsabilidade negacionista, já que grande parte dos empregadores não contrata novos profissionais. Tampouco respeitam os direitos dos trabalhadores, como é o caso da Fundação do ABC, que não paga os dissídios há anos, aproveitando-se da morosidade da Justiça.
Nosso apelo aos pais: se seus filhos não têm nenhuma contraindicação, proteja-os da Covid-19 e leve-os para vacinar. Vacina salva vidas e desafoga o sistema de Saúde.
Almir Mizito, presidente do Sindsaúde ABC
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