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1º de maio: unidade contra a reforma da Previdência e a retirada de direitos da classe trabalhadora

Escrito po: Maria Aparecida Faria

29/04/2019

Centrais Sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo se unem nas mobilizações do 1º de maio em todo o país para derrubar a Reforma da Previdência e preparar a greve geral

 

O 1º de maio de 2019 marca um momento único na mobilização da classe trabalhadora contra as medidas injustas e arbitrárias que desde 2016 estão retirando direitos, destruindo a economia e a dignidade de trabalhadores e trabalhadoras no Brasil e que agora tem seu ponto mais alto com a proposta de Reforma da Previdência (PEC 06/2019). Com a proposta já em tramitação, o governo pretende aprovar a Reforma a qualquer preço, mostrando o que nunca conseguiu esconder: sua total falta de sensibilidade, humanidade e compromisso com a classe trabalhadora e o povo brasileiro, especialmente os mais pobres.

 

A PEC nº 06/2019 é uma aberração que destrói o sistema público de aposentadoria, praticamente impede que o trabalhador se aposente, diminui criminosamente o valor dos benefícios, prevê a privatização do sistema com a capitalização, desmonta as políticas de Seguridade Social consolidadas na Constituição Federal de 1988, e compromete enormemente a economia do país, principalmente dos municípios com menor população e infraestrutura, que são dependentes dos recursos da Previdência Social para tocar suas economias locais. É uma proposta absurda que já comprovou seu fracasso em inúmeros países que implantaram medidas semelhantes.

 

Por isso este 1º de Maio será muito significativo, pois mostrará a unidade de todas as Centrais Sindicais e dos movimentos sociais, representados pela Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo, contra a Reforma da Previdência e pela defesa e manutenção de todos os direitos suprimidos durante os últimos dois anos. Juntas, as Centrais organizaram uma importante agenda de atividades em todos os Estados e no Distrito Federal para intensificar o diálogo, a informação e o convencimento da classe trabalhadora e população brasileira sobre a necessidade da luta contra esse enorme desafio que está colocado a todos nós. Vamos em busca da participação de toda a sociedade em ações de defesa da pauta da classe trabalhadora e dos direitos civis, sociais e humanos.

 

É urgente esclarecer o Brasil de que enquanto nossa população empobrece e a economia se esfacela, o governo compra votos dos parlamentares, esconde as informações que utilizou para formular a proposta de reforma, mente na publicidade na TV e nos jornais sobre a necessidade da reforma, mentira amplamente documentada pela CPI da Reforma da Previdência e por muitos estudos, principalmente da Anfip – Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Previdência. Todos precisam saber que não há déficit da Previdência, mas sim que o governo desvia “legalmente” para outras áreas do governo, inclusive via Desvinculação das Receitas da União, as receitas que deveriam ir para a Seguridade Social.

 

Assim, o 1º de Maio não é importante apenas pelo significado da data, mas porque é um dos principais marcos de uma intensa agenda de atividades que se seguirão, como o Dia Nacional de Lutas, proposto para 15 de maio, como um dia de manifestações e mobilizações na mesma data em que está previsto o início da paralisação nacional dos trabalhadores da educação.

 

A agenda prevista pelas Centrais Sindicais culminará com uma grande greve nacional que deve ampliar nossa mobilização na sociedade. As Centrais Sindicais não estão sós. Os trabalhadores e trabalhadoras têm também a seu lado os movimentos sociais, as denominações religiosas e os partidos progressistas, enfim, todos os segmentos da sociedade que são contrários à destruição de direitos trabalhistas, civis, sociais e humanos.

 

Trabalhadores e trabalhadoras, vamos para as ruas nesta quarta-feira, 1º de Maio, Dia dos Trabalhadores e Trabalhadoras! Vamos denunciar e realizar os atos e mobilizações que vão mostrar ao governo e ao Congresso Nacional que a classe trabalhadora e o povo brasileiro não aceitam essas mentiras, não aceitam nenhuma Reforma da Previdência, não aceitam perder seus direitos e não aceitam o processo de destruição da nossa democracia e soberania.

 

As ruas são o grande palco de lutas e a greve é a ferramenta de resistência mais importante da classe trabalhadora como já mostramos na greve geral de abril de 2017, quando a mais de 40 milhões de trabalhadores fizeram uma paralisação histórica e se manifestaram contra as reformas propostas por Michel Temer, que teve que colocar na gaveta seu projeto contra a Previdência Social. Resistir e avançar têm sido o cotidiano de todos nós, nosso objetivo e nossa luta!

 

 

 

Maria Aparecida Faria é secretária-geral adjunta da CUT – Central Única dos Trabalhadores e secretária de Saúde do Trabalhador da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social

 

 

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